A Mercedes-Benz do Brasil alcançou o marco de 2,5 milhões de motores produzidos em sua planta de São Bernardo. Além de equipar os seus caminhões e ônibus, a empresa fornece componentes e motores completos para outras unidades do Grupo Daimler, como os veículos comerciais leves Sprinter na Argentina, os caminhões pesados Freightliner nos Estados Unidos e os ônibus Citaro na Alemanha.

"A Mercedes-Benz é pioneira na introdução do motor diesel para caminhões e ônibus no Brasil, na década de 1950, e na utilização de gerenciamento eletrônico, nos anos 1990", afirma Ronald Linsmayer, responsável pela área de caminhões da Mercedes-Benz do Brasil.

EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA - Durante apresentação na fábrica anteontem, o diretor de produção de motores, câmbios e eixos, Bart Laton, deu um panorama sobre a evolução dos propulsores fabricados pela empresa no Brasil, desde os OM 321, 326 e 324, que utilizavam injeção indireta, realizada numa pré-câmara de combustão, passando pelo OM 352 de aspiração natural e 130 cv, considerado o primeiro grande avanço tecnológico dos motores diesel no País, introduzindo o sistema de injeção direta, até propulsores como o OM 366 de seis cilindros (aspirado, de 136 cv e turboalimentado, de 185 cv), lançado em 1987.

Em setembro de 1998, foi lançado o primeiro motor com gerenciamento eletrônico fabricado no Brasil, o OM 457 LA, que equipou o caminhão extrapesado LS 1938.

Cada uma das quatro famílias de motores Mercedes-Benz tem sua própria linha de produção em São Bernardo: BR 300 de motores leves mecânicos, BR 600 de leves eletrônicos, BR 900 de médios eletrônicos e BR 450 de pesados eletrônicos. Todos os motores produzidos são testados em bancos de prova para verificação de desempenho, consumo e emissões.

Na área de usinagem são produzidas, em média, 150 mil peças por mês, como bloco de motor, eixo-comando, biela, bomba d'água e carcaça de distribuição, além de diversos outros itens.