A nota condena o uso de violência e afirma que, "pelo seu passado de luta pela democracia e pela justiça, o governador Mário Covas nao podia ser tratado da forma como foi", sustentando, ainda, que aqueles que o agrediram "representam o lado mais sombrio do autoritarismo e da violência".
Veja a íntegra da nota da Força sindical: "A
necessidade da recomposiçao salarial dos servidores públicos e a
vigência de um regime democrático duramente reconquistado nao
justificam os atos de selvageria de que foi vítima o governador
Mário Covas. Esse tipo de açao isola os manifestantes do
conjunto da sociedade e prejudica a luta dos professores, cujas
reivindicaçoes sao justas.
A Força Sindical - que exige há anos a reforma do Estado
condiçao para a retomada do desenvolvimento, a recomposiçao dos
salários e justa distribuiçao de renda - considera que a luta
sindical e as manifestaçoes críticas aos possíveis erros e
falhas dos governantes pode e deve ser exercida nos limites da
civilidade. Democracia nao é baderna. Oposiçao se faz com
elegância e cavalheirismo, nao com violência. Liberdade se
exerce com respeito às leis de convivência entre adversários.
Todo governante eleito - mesmo aquele do qual discordamos -
merece respeito, até na crítica mais dura e veemente.
Pelo seu passado de luta pela democracia e pela justiça,
o governador Mário Covas nao podia ser tratado da forma como
foi. Aqueles que o agrediram representam o lado mais sombrio do
autoritarismo e da violência que, em passado recente, sacrificou
a liberdade, conteve a democracia, matou pessoas e destruiu
lares em nosso país."
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