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E o consumo de água não diminuiu

Estudo mostra que 48% da nossa população consome com pouco controle

Por Cláudio Conz
05/07/2012 | 00:00
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Em tempos de Rio+20, discussões sobre uso de sacolas plásticas e tantos outros assuntos relacionados à sustentabilidade, fiquei triste ao ler o resultado de pesquisa recém divulgada pela WWF-Brasil, ONG brasileira comprometida com o meio ambiente. De acordo com o estudo realizado pelo Ibope e contratado pela ONG, 48% da nossa população consome água com pouco controle e 30% demora mais que 10 minutos para tomar banho.

As pessoas que controlam pouco o gasto de água (48%) eram 37% há cinco anos e os 30% que demoram mais de 10 minutos para tomar banho eram 18% há cinco anos. Num tempo em que tanto se fala em uso racional, o que será que está acontecendo com nossa população, que tem notoriamente seu comportamento piorado?

Não temos dúvida de que falta informação. Ainda de acordo com a mesma pesquisa, 81% das pessoas acreditam que quem mais gasta esse importante recurso são as residências e indústrias. Na verdade, o principal setor a demandar água em nosso País é a agricultura, que consome 70% dos insumos. As pessoas também pensam que os grandes poluidores são as indústrias, esquecendo-se do peso que o esgoto impacto tem nas grandes cidades, onde hoje vive 80% da nossa população.

A pesquisa revelou ainda que, apesar de tanto desconhecimento, as pessoas têm consciência da gravidade do desperdício. E 68% dos entrevistados reconhecem que este é o grande vilão para o problema de abastecimento de água no futuro.

Como colocar na prática atitudes para diminuir o consumo de água? Em seu banho de 10 minutos, você gasta 100 litros de água. As pessoas já sabem que devem fechar a torneira enquanto escovam os dentes, não lavar calçadas com mangueira e consertar os vazamentos, por que então o resultado da pesquisa mostrou piora nos hábitos?

Nesse sentido, nosso segmento de material de construção tem papel importante. O principal deles, propõe a troca de bacias sanitárias antigas por modernas e a implementação de uma série produtos como torneiras economizadoras de água.

Assim, organizações, empresas e governo têm papel fundamental para estimular o consumo consciente e promover alterações estruturais visando mudanças no estilo de vida das pessoas. Como integrante do CDES, quero aprofundar este tema para que ele seja parte do programa de sustentabilidade do governo em relação aos prédios públicos. É um de meus principais propósitos. 




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