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'Só o Flamengo não me ligou', garante Chamusca
Por Divanei Guazzelli
Do Diário do Grande ABC
21/07/2004 | 00:43
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"Só o Flamengo não me ligou." A frase do técnico Péricles Chamusca, pronunciada com um descontraído sorriso, terça à tarde, no estádio Bruno Daniel, traz alívio aos torcedores do Santo André. O treinador campeão da Copa do Brasil, diante do próprio Flamengo, admitiu que repórteres de vários órgãos de imprensa do Rio ligaram para ele entre a segunda-feira à noite e terça pela manhã. Mas ficou só no interesse da imprensa, como assegurou. Do clube carioca, que tem o seu nome entre os mais cogitados para o lugar de Abel Braga, que caiu domingo, nenhuma palavra, assim como ocorrera com o Internacional-RS, no final de junho. Na partida com o Guarani, terça à noite, a equipe foi orientada pelo seu ex-volante Andrade, um dos integrantes da geração de Zico e Júnior que obteve o título mundial interclubes em 1981.

"Posso assegurar que nem o Flamengo nem outra equipe me procurou. Meu interesse, de fato, é permanecer no Santo André e levar o projeto adiante", disse Chamusca, contratado no início de maio, antes de o time do Grande ABC disputar com o Palmeiras as quartas-de-final da Copa do Brasil.

Por "levar o projeto adiante" entenda-se o movimentado primeiro semestre de 2005, quando o Santo André disputará simultaneamente o Campeonato Paulista e a Libertadores da América. O técnico é o condutor do ousado projeto, iniciado após a conquista do título, e que prioriza a formação de um grupo consistente, com opções suficientes para as duas competições.

Como profissional, o treinador, 38 anos, o mais jovem do Brasil a orientar um time da Série A nacional (o Vitória, em 1995), não descarta avaliar e até discutir propostas que surgirem. Porém, no momento, como faz questão de ressaltar, "a preocupação é trabalhar para que o Santo André fique em situação confortável no campeonato", livre do descenso e, se possível, classificado para a segunda fase.

Salto – O salto na carreira, com o título ganho dia 30 de junho, no Maracanã, contra o Flamengo, completou ciclo de uma década que já havia proporcionado êxito a Chamusca. Como o Campeonato Baiano de 1995, ganho com o Vitória, e o vice-campeonato da Copa do Brasil de 2002 com o Brasiliense. Coincidentemente, como ocorreu no Santo André, o técnico também assumiu o time do Distrito Federal numa fase de quartas-de-final. No Santa Cruz, último clube antes de se transferir para o Grande ABC, ele ficou um ano e meio. Em São Paulo, Chamusca já trabalhara no Rio Branco, de Americana, clube que como o Vitória se especializou no trabalho com as categorias de base, e no Rio Grande do Sul passou pelo Caxias, outro participante da Série B do Brasileiro.




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