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Normatização das lojas de material

Comprar e vender produtos com consciência é preocupação que deve envolver consumidores, indústria e varejo

Por Cláudio Conz
07/03/2013 | 00:00
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Comprar e vender produtos com consciência é preocupação que deve envolver consumidores, indústria e varejo. Segundo a legislação vigente, eles são juridicamente responsáveis perante o consumidor ou comprador final pela qualidade dos produtos que comercializam. Muita gente não sabe, mas diversos processos estão envolvidos na criação das normas de qualidade. Primeiro, é preciso esclarecer que elas podem ser elaboradas em quatro níveis:

Internacional - destinadas ao uso internacional, resultantes da participação das nações com interesses comuns. Exemplo: ISO (International Organization for Standardization) e IEC (International Eletrotechnical Comission).

Regional - destinadas ao uso regional, elaboradas por um limitado grupo de países do mesmo continente. Por exemplo: normas do CEN (Comitê Europeu de Normalização - Europa) ou a AMN (Associação Mercosul de Normalização - Mercado Comum do Cone Sul).

Nacional - uso nacional, elaboradas por consenso entre os interessados em uma organização nacional reconhecida como autoridade no respectivo país. Por exemplo: normas da ABNT (Brasil); AFNOR (França); DIN (Alemanha); Jisc (Japão) e BSI (Reino Unido).

Empresa - destinadas ao uso em empresas, com finalidade de reduzir custos, evitar acidentes etc.

No Brasil, a criação das normas segue processo específico. Primeiro, é preciso que a sociedade manifeste a necessidade de ter uma norma. Em seguida, o comitê brasileiro analisa o tema e inclui no seu programa de normalização setorial.

Os ABNT/CB e ABNT/ONS mantêm comissões de estudo em atividade nas mais diversas áreas. Estas comissões são integradas voluntariamente por produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios, centros de pesquisas e governo) que, através de consenso, analisam e debatem propostas de projetos de norma. Obtido o consenso, o projeto de norma é aprovado e submetido à consulta pública e poderá atingir a condição de norma brasileira.

Nós da Anamaco elaboramos um projeto de certificação para as lojas de material de construção, juntamente à ABNT. Quem tiver interesse, basta acessar nosso website. Em vários Estados o Sebrae subsidia este trabalho com recursos financeiros diretamente para a loja em pelo menos 50%.

É um processo e tanto, repleto de detalhes. Ele tem de ser assertivo sempre, pois, por meio dele, você fica protegido, tendo a certeza de que não estará sujeito a acidentes ou riscos. Portanto, na hora de comprar produtos, sejam eles do setor da construção ou não, exija certificação. Isso é também sua responsabilidade como cidadão.




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