O novo Laguna, top de linha da Renault no Brasil, esbanja sofisticação e desempenho ao aliar conceitos como tecnologia e segurança. Importado da França, o médio de luxo desembarcou no país em novembro do ano passado, com um motor V6 3.0 de 24 válvulas e duas opções de carroceria: hatch e perua (Grand Tour). O carro – que está inserido no segmento de consumo de classe média alta brasileira – encara a árdua missão de enfrentar adversários de peso, como VW Passat, Audi A4, Volvo S40, Ford Mondeo e Citroën C5.

O Diário avaliou a versão hatch, que custa R$ 145.980 (preço salgado, se comparado ao de seus concorrentes), em trechos urbanos e de estrada. O veículo desperta a atenção já na hora do acionamento do motor, pois a chave convencional, aposentada, foi substituída por um cartão eletrônico, do tamanho de um cartão de crédito. Para ligar o carro, é necessário colocar o cartão em um leitor instalado no painel e, em seguida, apertar um botão do tipo liga/desliga, situado ao lado do volante. O cartão também é dotado de um sistema batizado de Mãos Livres, que detecta automaticamente a presença do portador do cartão quando este se aproxima. O destravamento das portas é automático. Quando o motorista retira o cartão do leitor e se afasta do carro, o sistema trava automaticamente as portas.

Outra solução hi-tech está presente no computador de bordo, que avisa – por meio de uma voz feminina com sotaque português – o estado dos principais componentes do veículo e alerta o motorista quando este esquece de usar o cinto de segurança ou deixa luzes acesas depois que desliga o veículo.

No quesito desempenho, um dos destaques fica por conta da caixa de câmbio automática auto-adaptativa, de cinco velocidades, que se modela ao estilo de condução do motorista. O condutor também pode optar pela troca seqüencial manual das marchas. Para isso, basta mover a alavanca de câmbio para a esquerda e empurrá-la para frente (superior) ou para trás (inferior) toda vez que for engatar uma nova marcha.

Sob o capô está o propulsor V6 de três litros e 24 válvulas, desenvolvido pela Renault em parceria com o grupo PSA Peugeot Citroën, que completa a ótima dirigibilidade do hatch. O motor desenvolve bons 210 cv de potência a 6 mil rpm e o torque máximo de 29,5 kgfm pode ser atingido quase em sua totalidade já a partir de 2,5 mil giros, o que proporciona boas respostas nas acelerações e retomadas.

O hatch também apresenta bom comportamento dinâmico. Em qualquer condição, o motorista tem a sensação de que o carro permanece colado ao solo, até mesmo nas curvas mais acentuadas. A suspensão do hatch também se mostrou acertada para as precárias ruas brasileiras.

Design – O hatch de luxo da Renault propõe um desenho diferenciado, aliado à proposta de esportividade. Na dianteira, a grade do radiador acompanha o desenho dos faróis, que trazem lâmpadas de xenônio e aumentam a luminosidade. O desenho traseiro é marcado pelas lanternas largas, pela linha mais alta do porta-malas e pelo mini-aerofólio integrado à tampa traseira. Devido a esse desenho, a visibilidade traseira fica um pouco comprometida.

O interior oferece uma gama completa de equipamentos de conforto e conveniência, como bancos de couro, piloto automático, ar-condicionado digital com ajustes para motorista e passageiro, trio elétrico, computador de bordo, CD player com comando satélite na coluna de direção, teto solar elétrico e bancos dianteiros com comandos elétricos, entre outros.

Em relação à segurança, o carro possui seis air bags (dois frontais, dois laterais e dois do tipo cortina), corte de combustível em caso de colisão, estrutura de carroceria reforçada em aço de alto limite elástico e dispositivo de retenção programada. No que se refere à proteção ativa, o Laguna é dotado de sistema ESP (controle de estabilidade) de correção de trajetória conjugado a um dispositivo antiderrapagem e sistema AFU (Assistência à Frenagem de Urgência). O carro também é equipado com sistema ABS e EBD (Distribuição Eletrônica de Frenagem).