Internacional Titulo
Blair pressiona católicos e protestantes do Ulster
Por Do Diário do Grande ABC
25/06/1999 | 11:23
Compartilhar notícia


O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, tentará esta sexta-feira, em Belfast, convencer católicos e protestantes a aceitar uma fórmula de compromisso que permitiria ao novo Executivo da província assumir suas funçoes.

Blair fez um apelo esta sexta-feira no jornal The Times aos unionistas protestantes para que se sentem no Executivo junto aos representantes do Sinn Fein (braço político do IRA), em troca da promessa de um desarmamento total do Exército Republicano Irlandês (IRA), antes de maio de 2000.

Para os unionistas, isto significa renunciar a sua exigência de que o IRA comece a se desarmar para que o Sinn Fein seja admitido na assembléia em que católicos e protestantes deverao compartilhar o poder, após o acordo de paz de abril de 1998.

O IRA, continuou Blair, terá que fazer uma concessao: aceitar um calendário preciso para depor as armas, com a garantia do Sinn Fein. Se o IRA nao respeitar sua parte no contrato, a responsabilidade do fracasso do novo Executivo seria atribuída aos republicanos.

Blair decretou como data limite o dia 30 de junho para a formaçao do Executivo.

O primeiro-ministro britânico e seu colega irlandês, Bertie Ahern, se reuniram esta sexta-feira em Londres, após o que vao a Belfast para uma rodada de consultas com os dirigentes políticos da província.

Na capital do Ulster, no entanto, as primeiras reaçoes nao foram muito satisfatórias.

Para David Trimble, presidente do UUP (unionistas moderados) e chefe do Executivo norte-irlandês, a fórmula de Blair nao funcionará.

``O único que pode funcionar nesta situaçao é a aplicaçao do acordo (de paz)', disse Trimble à rádio BBC, que acusou uma vez mais o Sinn Fein de ter faltado com sua promessa. Martin McGuinness, número dois do Sinn Fein, alertou contra uma releitura do tratado de paz que faria de seu partido o único responsável pelo bloqueio do desaramento.

Além disso, a data limite coincide com as tradicionais marchas protestantes do verao, marcadas por confrontos.

Como precauçao, 1.300 soldados britânicos serao enviados como reforço para a regiao, aumentando para 17 mil os militares na província.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;