O atacante Adriano, da Seleção Brasileira e da Inter de Milão, resolveu falar com a imprensa depois de duas semanas recluso e disse que faltou “força de vontade” à equipe do Brasil no jogo em que foi eliminada pela França na Copa da Alemanha. Ele admitiu também que se sente triste até hoje por não ter atuado como titular na última partida da seleção no Mundial.

“Eu queria muito ter sido escalado contra a França. Mas não quero culpar o técnico Carlos Alberto Parreira. Faltou um pouco mais de força de vontade dentro de campo, naquele confronto, e a França se aproveitou disso”, explicou Adriano.

Ao detectar o problema, ele, porém, não quis apontar nenhum colega de seleção como um dos responsáveis pela derrota para os franceses. “Somos um grupo e não podemos ficar buscando culpados por um erro coletivo”, avisou o atacante.

Adriano passou os últimos dias com a família no Rio. Visitou shoppings e permaneceu a maior parte do tempo em casa, na Barra da Tijuca. Embora a poucos metros da praia, preferiu a piscina, no seu condomínio, na presença de parentes e amigos. Ele contou que a reação de quem o abordava nos lugares públicos era a melhor possível. “Me pediam autógrafos e fotos. Fui tratado com muito carinho. As pessoas me diziam que na próxima (Copa) eu daria a volta por cima”, revelou.

Imperador – Ele viaja nesta segunda-feira para Milão, onde se apresenta nesta terça-feira ao clube, para dar início à pré-temporada. Disse que espera voltar a ser o “Imperador” da Inter. Está na expectativa de um desempenho bem melhor neste segundo semestre.

Sobre o silêncio desde que voltou da Alemanha, Adriano justificou-se: “Eu estava chateado. Já tinha sofrido pressões na Copa América, na Copa das Confederações e na Copa do Mundo foi a mesma coisa. Fiz de tudo para conquistar uma vaga. Mas era sempre eu que tinha de sair do time”.

Adriano afirmou desconhecer que o Real Madrid tenha interesse em contratá-lo. E não confirmou nem negou se houve alguma proposta do Chelsea a fim de que se transferisse da Itália para a Inglaterra. Antes de deixar o hotel, ele manifestou sua alegria pela saída do argentino Verón da Inter – foi contratado pelo Estudiantes, da Argentina. Os dois são desafetos. “O ambiente em Milão deve estar melhor para mim”, reconheceu.