A ligaçao foi feita pelo também comerciante da Sé, Nelson Canelói, o Nelson das Bolsas, acusado de arrecadar verba entre lojistas para a campanha do deputado estadual Hanna Garib (suspenso do PPB). Além do testemunho dos assessores, que escutaram a conversa, o olho mágico do celular gravou o telefone da casa de Canelói. A reportagem ligou em seguida para Nelson das Bolsas. Ele desmentiu as ameaças e disse que Fabiani, que já trabalhou em lojas de Canelói, deixou diversos recados, com o seu número de celular, pedindo para que Canelói entrasse em contato com urgência. Canelói afirmou que tudo nao passa de "fruto da imaginaçao do depoente" e que Fabiani estaria querendo extorquí-lo com ameaças de que contaria "coisas comprometedoras" à CPI. "O José Roberto é um sujeito vingativo e, com certeza, queria conseguir tirar dinheiro de mim", disse.
Fabiani saiu da Câmara acompanhado por dois policiais, que o levariam para o Instituto de Criminalística (IC), onde formalizaria as denúncias para o delegado Romeu Tuma Júnior, um dos responsáveis pela investigaçao dos esquemas de propina.
CPI - O depoimento de Fabiani foi considerado extremamente importante pelo presidente da CPI, José Eduardo Martins Cardozo (PT). "Ele comprovou a ligaçao entre Garib e o Nelson Canelói" disse.
Segundo Fabiani, Nelson das Bolsas conhecia Garib desde a época que o atual deputado era regional da Sé, na gestao de Jânio Quadros e eram amigos íntimos. Afirmou, ainda, que Canelói sempre pagou propina para Garib e ajudou o deputado fazendo doaçoes para sua campanha. O deputado, segundo o depoente, em contrapartida, ajudou Canelói a obter licença para construir um motel clandestino.
Nelson Canelói já havia prestado depoimento à CPI, mas negou qualquer ligaçao com o deputado. Nesta sexta (30), a comissao vai ouvir, às 16 horas, a ex-mulher de Canelói, Aparecida Canelói, que teria documentos comprovando a ligaçao entre seu ex-marido e o Garib.
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