Política Titulo Ribeirão Pires
Vereadores pedem redução de 50% dos salários de Kiko e secretários

Ofício ao Paço de Ribeirão envolve ainda próprios proventos e apadrinhados para combate à Covid

Por Daniel Tossato
03/04/2020 | 00:01
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Divulgação


Vereadores de Ribeirão Pires protocolaram ofício no qual pedem a redução de 50% dos salários do prefeito Adler Kiko Teixeira (PSDB), do vice Gabriel Roncon (PTB), dos secretários municipais, de parte dos servidores comissionados e dos próprios parlamentares durante o período de pandemia do novo coronavírus. De acordo com o documento enviado ao Paço, a proposta visa economizar recursos para utilizar na compra de respiradores e outros EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), além da ampliação de leitos.

O ofício encaminhado ontem é assinado por Danilo da Casa da Sopa (PSB), Anselmo Martins (PL), Humberto D’Orto, o Amigão (PSB), Rubens Fernandes, o Rubão (PSD), Paulo Cesar Ferreira (MDB) e Rogério do Açougue (PSB). Os parlamentares alegam que prefeitos de diversas cidades pelo País “estão dando exemplo de ações” no combate à Covid-19 e que Ribeirão Pires também deveria mostrar iniciativa mais efetiva para minimizar os efeitos da crise. Os vereadores, o vice-prefeito e os secretários recebem R$ 10.021 brutos mensalmente, enquanto o chefe do Executivo tem vencimentos de R$ 20.042, sem os descontos.

“Tendo em vista o exposto, solicitamos que em tempos de crises epidemiológicas e situações emergenciais, fossem reduzidos em 50% os subsídios do prefeito, vice-prefeito, secretários, vereadores e ainda o salário de funcionários comissionados acima do valor de R$ 2.000, que não atuem na área da saúde e da segurança”, diz o documento.

Caso a solicitação dos vereadores – a maioria de oposição – seja acatada no período, a diminuição de despesas, entre Executivo e Legislativo, pode superar a margem de R$ 205 mil ao mês para destinar ao atendimento a pessoas infectadas pela Covid-19. O montante não contabiliza, contudo, os valores economizados no pagamento dos funcionários comissionados. O presidente do Legislativo, Archeson Teixeira, o Rato (PTB), não respondeu aos questionamentos do Diário.

O governo Kiko declarou, por meio de nota, que considera válido que os vereadores apresentem iniciativas para o combate ao coronavírus. “Desde março a Prefeitura trabalha para minimizar os impactos da pandemia no município”, sustentou. O Paço pontuou que os parlamentares já poderiam doar metade do salário ao Fundo Municipal de Cultura “para que a ação não soe como atitude oportunista”. Não mencionou, porém, sobre a hipótese ou não de acolher o pedido.

No Congresso, há debate que envolve salário dos próprios deputados, que sugerem corte de 50% nos vencimentos durante a pandemia. Essa discussão também acontece na Assembleia Legislativa, após o deputado Luiz Fernando Teixeira (PT), de oposição, protocolar projeto.
 




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