Uma das casas legislativas mais tranquilas do Grande ABC, a Câmara de São Caetano vive momentos de tensão. Mas projeto de reforma administrativa, do presidente, Sidnei Bezerra da Silva, o Sidão (PSB), tem gerado polêmica. A proposta visa cortar pelo menos 20% dos cerca de 140 comissionados. Era para entrar em pauta na sessão de hoje, mas será debatido por mais duas semanas antes da apreciação em plenário. O socialista tem sofrido críticas por parte dos colegas por não abrir ampla discussão. Mas há quem diga que o incômodo gerado é porque diminuirão os cargos indicados dos vereadores. Depois de ser atacado, Sidão rebateu. E sobrou para quase todo mundo. Fábio Palácio (PR), que pediu isonomia nos salários dos servidores da Câmara ante os da Prefeitura, foi um deles. "Quem diz isso não frequentou os bancos universitários de Direito e deve voltar à universidade. É ação impossível." Os antecessores no comando do Legislativo, Paulo Bottura (PTB) e Gersio Sartori (PTB), que também estariam reclamando, tiveram resposta. Segundo Sidão, os petebistas não promoveram reforma administrativa necessária quando tiveram a oportunidade. Quem vai atirar outra pedra no presidente?

Será que ela vai?

Ocorre hoje na Câmara de Diadema audiência pública de prestação de contas do primeiro trimestre da Saúde. Mas não se sabe se a secretária, Aparecida Linhares Pimenta, vai aparecer. Ela balança no cargo pelas críticas que o setor vem recebendo e, nos bastidores, comenta-se que não tem o devido traquejo político para lidar com colegas de Executivo e integrantes do Legislativo.

Comprovado

Após ser barrado, semana passada, na reunião do Parlamento Metropolitano no TCE (Tribunal de Contas do Estado) - evento só para presidentes de Câmara -, o vereador de Mauá Manoel Lopes (DEM) disse que a ida à entidade foi produtiva. Ele afirmou que despachou junto ao chefe de Gabinete da presidência, professor Olavo, e questionou o líder do órgão, Renato Martins Costa, sobre a inclusão de seu nome na lista dos vereadores que têm de devolver diferença do aumento salarial recebido em 2008. "Já devolvi (R$ 13,5 mil) e comprovei. Inclusive nem gastei a verba porque sabia que pediriam de volta. Não perdi a viagem", discorreu o democrata.

Vaga polêmica

O ex-vereador de São Bernardo e ex-deputado estadual Wagner Lino (PT) tem se dedicado a tirar seu nome de uma polêmica que tem se espalhado por redes sociais. Ele aparece numa foto parando o carro numa vaga exclusiva para deficiente físico no Shopping Metrópole. Mas, segundo o petista, todas as vagas especiais do local, seja para idoso - que seria seu caso, pois tem 65 anos - ou gestante, por exemplo, têm uma única sinalização, que é o desenho indicativo de deficientes. Ele protocolou ofício no shopping para que faça a adequação. Wagner tenta esclarecer o caso para evitar mais desgaste.