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O dia seguinte

Estatísticas da SEP (Secretaria Especial dos Portos) permitem prever que, em 15 anos...

Dgabc
31/03/2012 | 00:00
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Estatísticas da SEP (Secretaria Especial dos Portos) permitem prever que, em 15 anos, o Porto de Santos terá triplicado o volume de contêineres movimentados, saindo dos atuais 3 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para 9 milhões. Diante disso, uma pergunta se impõe: como fazer para transportar tamanha quantidade de carga?

Como se sabe, hoje, 97% dos contêineres destinados ao Porto de Santos chegam aos terminais em cima de caminhões e carretas. E, mesmo que, em década e meia, todos os planos de ampliação dos acessos viários ao cais santista sejam concluídos, não há como imaginar a possibilidade de o porto com o atual modelo vir a suportar tamanha pressão. É provável que, até 2027, portos como Itajaí, Paranaguá, Rio Grande e outros atraiam boa parte dos contêineres que, em condições normais, seria destinada a Santos. Mas a verdade é que o grupo de trabalho criado pela SEP ao fim de 2011 para estudar a criação de corredor logístico para o porto santista já começou tarde suas atividades. A cada dia o que se constata são sinais de saturação nos acessos ao complexo portuário.

Com base no que já se faz largamente na Europa, os técnicos integrantes daquele grupo de trabalho vêm estudando basicamente a possibilidade de se transportar contêineres por barcaças pelos rios da região, com a instalação de uma zona de apoio logístico. Com isso, haveria um desafogo não só nas vias de acesso rodoviário como nos terminais marítimos. Além disso, o grupo procura encontrar alternativas para estimular o transporte de contêineres por ferrovia, modal que é utilizado em larga escala por cargas granelizadas, ou seja, mais de 40% da produção agrícola.

Tudo isso preocupa os setores ligados ao comércio exterior porque o Brasil vem investindo apenas 2,5% do PIB (Produto Interno Bruto) em sua infraestrutura, o que se tem mostrado insuficiente diante das necessidades do País e sua inserção num mercado competitivo em que os seus principais concorrentes dispõem de melhor posição logística. O que se vê hoje é o governo empenhado em cumprir os compromissos assumidos com a realização da Copa do Mundo de Futebol em 2014 e a Olimpíada em 2016. Nada a opor, mas a questão será o dia seguinte.

Mauro Lourenço Dias é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística da Universidade Estadual de Campinas.

Palavra do Leitor

Quem paga?

Gostaria de saber quem vai pagar a multa, se aplicada pelo Ministério Público, de R$ 225 mil ao Departamento de Esportes da Prefeitura de Santo André. Pelo que tenho acompanhado neste Diário a culpa é do prefeito, Aidan Ravin, e de Almir Padalino, que assumiu compromisso com o MP e não cumpriu. Esse diretor vem fazendo lambanças há muito tempo no departamento. A multa deve ser paga com o dinheiro da conta-corrente do senhor Almir Padalino e não com o dos cofres públicos. Esse valor vai ajudar muito na Saúde e até mesmo no esporte. Ou, quem sabe, o prefeito não usa esse dinheiro para pagar a indenização de Padalino e mande-o distribuir currículo em outra cidade, como fez com o diretor do Semasa e da Vigilância Sanitária, que não liam da sua cartilha.

Amaral Silva

Santo André

Resposta

Com relação à carta do leitor Maurício Goduto (Santo André 2, dia 27), a Prefeitura de Santo André esclarece que é referência nacional na implantação de políticas públicas vocacionadas para a população adulta em situação de rua, por entender que, apesar da precariedade das condições em que sobrevivem, são sujeitos de direitos fundamentais, entre eles a dignidade humana e acesso a serviços que ofereçam a possibilidade de reinserção social. É feito trabalho constante de convencimento para que estas pessoas aceitem os encaminhamentos à rede de serviços, visando a superação da condição de situação de rua e vivência de exclusão social e pessoal.

Prefeitura de Santo André

Diniz Lopes

Li neste Diário que o senhor Diniz Lopes participou do Dia da Água (Política, dia 27). Gostaria de saber se o político não tem um mínimo de vergonha na cara em participar de tal evento. Na Rua Pedro Marcondes Leite, próximo ao campo na Vila Nossa Senhora das Vitórias, Mauá, há cerca de seis anos os moradores dessa rua, entre os números 220 e 252, não têm água nas torneiras durante o dia, sete dias por semana. A ‘turista' só nos dá o ar da graça por volta das 23h. Em certo trecho, todas as casas recebem água normalmente, pois são alimentadas pela rede de Guapituba. Foram feitas diversas reclamações junto à Sama e a resposta é sempre a mesma: estão analisando a junção das duas redes de água. Senhores, estamos em 2012, é inaceitável que tenhamos que lavar roupas durante a madrugada e evitar abrir torneiras durante o dia, para não esvaziar as caixas-d'água. Duvido que na casa de show de Diniz falte água! Casa de show que ele jamais poderia ter, pelo luxo e valor investido, mas cara de pau é cara de pau. Comemore, senhor Diniz, seu trabalho é impecável junto à população de Mauá.

Alberto Lima

Mauá

Sabotagem

Quantos trens da CPTM e Metrô o governo estadual vai esperar serem sabotados para colocar policiais à paisana para identificar os sabotadores? Está esperando o quê, governador Alckmin?

Beatriz Campos

Capital

São Bernardo

Sobre o processo eleitoral em São Bernardo aconselho prudência aos postulantes Alex, Orlando e Dib quanto ao iminente resultado que se projeta para a reeleição de Luiz Marinho, mesmo agora com os três unidos pelas prévias. Em se tratando de política, concordo com o teor da carta de Nilzete Oliveira (PSDB, dia 26) e vejo o papel de vice tomar dimensão de importância. Agora, até o ex-irrevogável Frank Aguiar se não for vice, pode ser candidato a prefeito? Também concordo com a crítica na carta de Pedro Rocha Policardo (Atropelamentos, dia 27), reflete lado negativo da gestão, que não dá para atender todas as demandas em um mandato. Minha maior crítica é quanto à possível canalização do Ribeirão dos Meninos, que certas autoridades nem sabem onde fica sua nascente, visto que a canalização é retrocesso urbano-ambiental. Meu voto é pela renaturalização!

José Lenes Sousa Santos

São Bernardo 




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