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BoJ não irá necessariamente retirar estímulos no ano fiscal de 2019, diz Kuroda
06/03/2018 | 05:53
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O presidente do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês), Haruhiko Kuroda, esclareceu nesta terça-feira que a instituição não irá necessariamente retirar sua agressiva política de estímulos monetários no ano fiscal de 2019, que começa em abril do ano que vem.

Segundo Kuroda, sua expectativa é que o BoJ discuta a eventual saída da política atual em algum momento do ano fiscal de 2019 caso a inflação doméstica acelere para a meta oficial, que é de uma taxa de 2%.

Os preços, no entanto, continuam bem abaixo do nível desejado. Em janeiro, a taxa anual do núcleo da inflação ao consumidor no Japão - que exclui os voláteis preços de alimentos frescos - ficou em 0,9%, repetindo a variação do mês anterior.

Na última sexta-feira, Kuroda havia dito que iria considerar a saída do relaxamento monetário "por volta do ano fiscal de 2019", fala que na ocasião ajudou a impulsionar o iene ante o dólar.

Kuroda já havia reiterado mais cedo nesta terça a promessa de manter os estímulos até que o objetivo de inflação seja cumprido.

"É impensável acabar ou reduzir a política antes que a meta de inflação seja atingida", disse Kuroda, durante audiência parlamentar para confirmação de sua nomeação para um segundo mandato de cinco anos à frente do BoJ.

Kuroda também comentou que não está considerando a possibilidade de eliminar ou elevar a taxa de depósitos negativa, mas afirmou que "juros podem ser ajustados de acordo com os movimentos dos preços".

O chefe do BoJ afirmou ainda que os dois desafios do banco central japonês, no momento que começar a retirar sua política, será como elevar juros e lidar com seu balanço patrimonial, que se expandiu após anos consecutivos de compras de bônus do governo japonês (JGBs). Com informações da Dow Jones Newswires.




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