Diante da especulação sobre pulverização de candidaturas a deputado no PSDB de Santo André, o presidente municipal do tucanato, Ricardo Torres, pontuou que o diretório iniciará discussão nas próximas semanas – inclusive com participação do prefeito Paulo Serra (PSDB) –, estendendo até fim de março o quadro de postulantes a federal e estadual na cidade. “Vamos começar a organizar o debate (de nomes), o que ainda não aconteceu internamente com todos para termos posição a respeito. As candidaturas passarão por (processo de) viabilidade (eleitoral) e respaldo da (direção) estadual, dentro da estratégia do partido”, sinalizou o mandatário.

Atualmente, o secretário local de Esportes, Marcelo Chehade, e o vereador Professor Minhoca, ambos do PSDB, já buscam encaminhar candidatura a estadual e federal, respectivamente. O parlamentar Pedrinho Botaro é outro tucano que cogita a hipótese de entrar na briga por vaga na Assembleia Legislativa, assim como o colega de Câmara Edilson Fumassa. O segundo suplente da legenda, Bahia do Lava Rápido, também tenta se colocar na empreitada. Hoje, a cidade contabiliza somente a representação política de Luiz Turco (PT), deputado eleito em 2014.

“O movimento (de eventuais pleiteantes) de vários nomes se colocando como alternativa é saudável, positivo. Agora, a diretriz vai vir da estadual”, emendou Torres. A tática do tucanato tanto na municipal quando no âmbito regional não foi montada, a despeito de a sigla hoje ser a legenda com maior poderio político no Grande ABC, após conquistar o comando de quatro das sete prefeituras (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Rio Grande da Serra), tirando o protagonismo que outrora era do PT. A saída de Orlando Morando (PSDB) do mandato de deputado estadual, por exemplo – para assumir o Paço são-bernardense –, abriu uma lacuna na região. Isso porque não há um sucessor natural para acolher os votos do correligionário. Morando obteve 37.115 adesões em solo andreense dos 237 mil sufrágios no total.

Antes de Morando, o ex-prefeito de São Bernardo William Dib (sem partido, expulso do tucanato por apoiar Alex Manente, PPS) havia sido eleito em 2010, no entanto, não pleiteou a reeleição em 2014. Não existe diálogo, por enquanto, para suporte regional das principais lideranças do PSDB que pudesse ampliar chances de êxito. Paulo Serra tem evitado, até o momento, falar publicamente sobre apoio proporcional na eleição.