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Estudantes de São Caetano buscam financiamento para competição de robótica
Matheus Angioleto
Especial para o Diário
06/05/2017 | 07:00
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 Cinco alunos do Colégio Eduardo Gomes, em São Caetano, encontraram pontos em comuns além da amizade e atualmente desenvolvem nas horas vagas projeto que os levará para a FLL (First Lego League), competição de robótica nos Estados Unidos, marcada para dia 17. As famílias envolvidas buscam, por meio de vaquinha on-line, financiamento para suprir os gastos da viagem. Desde o ano passado, mais de R$ 25 mil já foram gastos com peças e instrumentos para as competições, além de custos com deslocamentos e hospedagens. Para ir aos Estados Unidos, o valor estimado é de R$ 37,8 mil, mas o grupo estipula R$ 17 mil como meta para suprir parte do investimento da equipe de garagem que não tem vínculo com nenhuma instituição estudantil. A quantia arrecadada até agora chega a pouco menos de R$ 2.000.

Após alcançar a classificação em torneio a nível nacional, a equipe Pino – formada em 2016 por Felipe Monobi, Geovane Razzante, Isabela Pizi, Breno Ferraz, Gustavo Henrique e as mães e técnicas Juliana Pizi e Juliana Mattos – desenvolve o robô que terá de passar por diversas tarefas na competição no Exterior, cuja duração é de cerca de dez horas por dia. “Para mim foi bem diferente a transição entre sair dos recursos da escola e vir para cá. Aqui a gente faz com o que dá. Um foi chamando o outro para a equipe, fomos trocando ideia”, conta Felipe Monobi, 16 anos.

O colega Geovane Razzante, 16, ressaltou que por conta de regras da escola não poderia participar de competições neste ano, o que o motivou a entrar na equipe. “O Gustavo me chamou para participar e falei que iria participar sim.”

Os treinamentos ocorrem na residência da arquiteta Juliana Mattos, 33, que convive com a realidade tecnológica e engenhosa da proposta dos alunos, os quais conciliam estudos com treinamentos três vezes por semana. Ela entrou neste mundo após desejo do filho Gustavo Henrique, 15, de formar o time. “Eles explicam, e como tem a questão de integração entre os times nas competições, os técnicos de outras equipes nos ajudam”, afirma. “Agora que faltam apenas duas semanas para viajar, eles estão aqui na minha casa quase todos os dias. O Geovane é praticamente meu filho”, brinca.

“Falam que é uma competição amigável, não pode existir aquele negócio de competição que eu ganho e você não ganha. O pessoal troca conhecimento. Eles são avaliados pela programação do robô e no desempenho na mesa nas missões propostas”, afirma a técnica Juliana Pizi, 33.

A FLL desta temporada tem como temática os animal allies (animais aliados, na tradução livre), e o bicho escolhido pela equipe Pino foi o escorpião. Envolvendo pesquisa, integração e design do robô utilizado para execução das tarefas, a equipe já conquistou dois segundos lugares – um na Champions Award (regional Macaé/Rio de Janeiro) e outro em processo de pesquisa em esfera nacional (em Brasília/Distrito Federal).

Após todo o processo de pesquisa, os integrantes notaram que a questão de aparecimento de escorpiões é ponto recorrente em São Caetano. Por isso, a estudante Isabela Pizi, 14, citou visita ao Instituto Butantã, fato que ajudou na elaboração e utilização do projeto para tentar solucionar os problemas no município. “Identificamos os escorpiões e a sua relação conturbada com o ser humano. Com a nossa proposta, a morte destes animais é evitada e a extração do soro ajuda em pesquisas medicinais relacionadas à cura do câncer.”

No dia 17, os sete integrantes embarcam em direção a Carlsbad, cidade do Estado da Califórnia. O compromisso com o evento será nos dias 19 e 21, sendo reunidas 80 equipes de 15 países distintos.

Quem quiser contribuir pode participar da vaquinha por meio do link: www.vakinha.com.br/vaquinha/equipe-pino. 




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