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Amadeo critica estudo da Unicamp sobre desemprego
Por Do Diário do Grande ABC
02/02/2000 | 09:52
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O secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Edward Amadeo, criticou nesta quarta-feira pesquisa do Centro de Estudos Sindicais e da Economia do Trabalho da Unicamp que identifica o Brasil como o terceiro país no mundo em número de desempregados. "Essa pesquisa nao tem nenhum fundamento, do ponto de vista metodológico. Nao se pode comparar países por número de desempregados, porque uma economia grande, com mercado de trabalho grande, pode ter uma taxa de desemprego baixa e um número de desempregados grande", afirmou o secretário, citando na pesquisa o caso dos Estados Unidos.

"Só para se ter uma idéia, nessa pesquisa que foi divulgada, os Estados Unidos, que hoje têm a menor taxa de desemprego nos últimos 30 anos, figuram como um dos que mais desempregados têm", disse Amadeo. "Mas é óbvio, porque tem um mercado de trabalho de 150, 160 milhoes de trabalhadores. Logo, mesmo com a taxa de desemprego baixa, aplicada sobre um mercado de trabalho grande, o número de desempregados é grande. Portanto essa comparaçao nao faz nenhum sentido do ponto de vista exigido pela boa técnica de rigor acadêmico", afirmou o secretário, em entrevista nesta manha ao programa Brasil TV, da Rede TV.

Segundo Amadeo, a taxa de desemprego em 99, medida pelo IBGE nas seis principais regioes metropolitanas do país ficou em torno de 7,6%, igual a de 1998. A previsao do secretário é de que neste ano a taxa de desemprego deverá cair. "Mas mais importante na queda na taxa de desemprego é que haja geraçao de empregos", observou o secretário lembrando que em um período de retraçao de economia como o país atravessou no ano passado, existe uma diminuiçao de pessoas que procuram emprego. "Portanto haverá mais pessoas procurando emprego no ano 2000. Entao o importante nao é tanto a taxa de desemprego; é muito mais quantos empregos o país será capaz de gerar", afirmou.




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