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Rio quer desativar o número 190 da polícia
Do Diário do Grande ABC
22/08/2000 | 12:45
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A Secretaria de Segurança Pública do Rio pretende desativar, até junho do próximo ano, o número de atendimento emergencial da Polícia Militar, o 190, assim como os telefones da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros. Os números serao substituídos por um único telefone de atendimento, cujos dígitos serao escolhidos pelo governador Anthony Garotinho. A central irá ocupar cinco andares do edifício da Central do Brasil.

Atualmente, 56 atendentes trabalham na Central de Operaçoes no Quartel General da Polícia Militar, no Centro. A meta da PM é montar um quadro de 180 atendentes, entre policiais militares e bombeiros. ``A hipótese de ligar para o telefone de emergência e dar sinal de ocupado será reduzida sensivelmente. Teremos a possibilidade de atender a cerca de cem chamadas ao mesmo tempo', afirmou Josias.

Segundo o secretário, o 190 recebe hoje uma média de 22 mil telefonemas por dia. Desses, 770 viram ocorrências policiais.

``Registramos cerca de 168 mil trotes por mês', revelou o Secretário. De acordo com Josias Quintal, cerca de R$ 50 milhoes serao investidos na nova Central de Operaçoes. ``Parte da verba será financiada através de linha de crédito do governo francês', revelou o Secretário.

De acordo com o coronel Wilton Ribeiro, comandante geral da PM, o novo sistema de atendimento vai acabar com a sobrecarga no atendimento. ``A comunicaçao será mais fácil, rápida e com maior qualidade', afirmou. No início do mês, o Deputado Federal Eduardo Paes (PTB), que teve seu apartamento na Barra da Tijuca invadido por seis homens armados, criticou o serviço 190. O Deputado afirmou ter ligado seis vezes para o serviço de emergência da PM, durante 40 minutos, mas ouviu dos operadores ``que a área (Barra da Tijuca) estava cheia de problemas e nao tinham patrulha para mandar'. Eduardo recebeu do atendente o telefone da delegacia do bairro.

A PM iniciou nesta segunda um patrulhamento marítimo nas praias da Ribeira, do Dendê, das Rosas, Bananal, Bica, Freguesia e Fundao, na Ilha do Governador, para tentar coibir o tráfico de drogas e armas na Baía de Guanabara. Com lancha de 14 pés (4,26 metros), uma equipe de oito policiais armados com metralhadoras, sendo quatro por turno, vai patrulhar a Zona Costeira da ilha durante 24 horas. A lancha que pertence ao 17ºBPM (Ilha do Governador), estava parada há dez anos e precisou de reparos no valor de R$ 7 mil para voltar a funcionar.

``Temos informaçoes de que armas e drogas chegam ao Rio pela Baía de Guanabara. Com o patrulhamento vamos tentar coibir esta prática', afirmou o coronel Mauro Pinto, comandante do 17ºBPM. De acordo com o oficial, a PM abriu processo de licitaçao para comprar uma lancha de 36 pés (10,97 metros) que também será usada no patrulhamento da Baía de Guanabara.

O projeto de patrulhamento marítimo foi implantado no início de julho, em Niterói, cobrindo as praias das Pedrinhas, em Sao Gonçalo até Jurujuba. Na Ilha, as praias do Dendê e das Rosas sao consideradas pela PM como os pontos mais críticos.




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