Lançado ontem pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), o Programa Água Legal promete dar fim nos próximos meses a cerca de 5.000 ligações clandestinas de água instaladas em imóveis localizados em São Bernardo. A expectativa é a de que as residências passem a ter acesso à água de qualidade, deixando de se abastecer por meio dos famosos gatos ainda neste ano.

“Ao todo são 10 mil moradias em São Bernardo que se encaixam neste perfil. Já conseguimos desde o ano passado regularizar metade deste número em áreas do Montanhão, Areião, Alvarenga, dentre outros. Nossa meta agora é que o programa consiga regularizar outras 5.000 residências”, declara a engenheira e gerente da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), Nercy Bonato.

Segundo a porta-voz da companhia, o programa deve ser estendido ainda neste ano para demais áreas do Grande ABC. “A intenção é que partes de Diadema e de São Bernardo sejam contempladas com o segundo lote do programa, o qual deve ser lançado no fim do primeiro semestre”, detalha.

Com o investimento de R$ 162 milhões até o próximo ano, a iniciativa da Sabesp tem como objetivo levar água potável a 160 mil imóveis na Grande São Paulo. A previsão é a de que 600 mil moradores deixem de usar ligações clandestinas, o que, na prática, evitará a perda de 3,3 bilhões de litros de água tratada, volume suficiente para abastecer uma cidade do porte de Santo André.

Conforme noticiado pelo Diário no início do mês, o número de casos de furto de água teve ligeira queda, de 8,71%, entre 2015 e 2016 nas quatro cidades atendidas pela Sabesp na região. A quantidade de fraudes passou de 597 para 545 no período, o correspondente a quase 1,5 ocorrência por dia.

Ainda ontem, moradores de São Bernardo puderam acompanhar a exposição móvel Somos Todos Água. A atração visa conscientizar a população sobre o uso racional da água.