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Equilíbrio deve prevalecer no Paulista
Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
02/02/2017 | 07:00
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Dizer que o Campeonato Paulista é o Estadual mais forte do País é chover no molhado, afinal, além dos poderios técnico e financeiro dos quatro grandes, ainda tem a Ponte Preta e mais 11 times que podem surpreender. Em 2017, no entanto, o equilíbrio deve ser ainda maior, já que a FPF (Federação Paulista de Futebol) enxugou a competição – eram 20 clubes e, agora, são 16 – para aumentar a qualidade dos jogos.

Com menos equipes, a distribuição de recursos melhorou e proporcionou aos times, em especial os pequenos, montar elencos competitivos, apesar de a desigualdade permanecer. Enquanto Santos, Palmeiras, Corinthians e São Paulo vão receber R$ 17 milhões cada, a Ponte Preta vai levar R$ 6 milhões e os demais clubes cerca de R$ 3 milhões – o valor varia de acordo com a divisão do Campeonato Brasileiro que o time disputa e a quantidade de anos na elite.

Para minimizar a desigualdade, os clubes abusam do bom relacionamento no mercado. O São Bernardo, por exemplo, que em 2016 fez a melhor campanha da história ao passar para a segunda fase, apostou no técnico português Sérgio Vieira.
“O ano de 2017 será o mais importante da história do São Bernardo porque, além do Paulista, vamos disputar a Série D do Brasileiro pela primeira vez. Estamos com expectativa boa, creio que conseguimos montar elenco no padrão dos outros 11 times do Interior (já excluindo a Ponte Preta) para, quem sabe, superar o bom desempenho de 2016 e causar dificuldade para os grandes”, projeta o presidente do Tigre, Thiago Ferreira.

No Santo André o otimismo também impera. De volta à elite depois de cinco anos na Série A-2, o clube tem como primeira meta escapar da degola. “Fizemos planejamento com vários objetivos. O primeiro, claro, é fugir do rebaixamento. O segundo é classificar e assim por diante. A pré-temporada me deixou confiante pelo trabalho da comissão técnica, pela condição que demos ao time e pela entrega dos jogadores”, comentou o assessor da presidência do Ramalhão, Carlito Arini, que espera equilíbrio. “Nenhum time, incluindo os grandes, sabe o que vai acontecer. Quem for prepotente pode ir mal”, acrescentou.

REGULAMENTO
Além da diminuição no número de participantes, o Paulistão traz outras novidades. Uma delas é o rebaixamento de apenas dois times. Em 2017 também está de volta o Torneio do Interior, que será disputado pelos seis clubes que não se classificaram para a segunda fase.
A diminuição no número de jogos – a primeira fase passou de 15 para 12 –, possibilitou que as quartas e a semifinal sejam disputadas em ida e volta, assim como a grande final.

No geral, o sistema de disputa é o mesmo. Os 16 clubes foram divididos em quatro grupos com quatro equipes em cada. Os times enfrentam os adversários das outras chaves e os dois primeiros avançam e se enfrentam nas quartas de final.
O campeão recebe R$ 5 milhões; o segundo, R$ 1,6 milhão e o terceiro, R$ 1,1 milhão. Todas as equipes serão premiadas, com exceção das duas rebaixadas à Série A-2 de 2018. 




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