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Crédito imobiliário vai atingir até 10% do PIB em 2015
20/07/2010 | 07:10
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O crédito imobiliário no Brasil tem condições de representar 10% do PIB (Produto Interno Bruto) em 2015, na avaliação do vice-presidente de Governo da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda. "No Brasil, o volume de crédito imobiliário ainda é inexpressivo, se comparado ao PIB e, portanto, acredita-se que o atual ciclo virtuoso deve se manter ao longo dos próximos anos", observou o executivo, ao afirmar que essa meta é factível. Atualmente, o segmento representa apenas 3% do PIB.

Durante coletiva de imprensa, o executivo deixou claro que não acredita em uma bolha imobiliária. "O preço dos imóveis estava deprimido há muito tempo, sem dúvida agora o mercado está aquecido e a renda da população melhorou." Na opinião de Hereda, a instituição tem até 2013 para encontrar uma solução que possibilite esse crescimento sustentado, minimizando os temores com relação a perspectiva de esgotamento dos recursos da caderneta de poupança.

Ao anunciar desempenho recorde em sua carteira de crédito habitacional, que atingiu R$ 34,1 bilhões neste semestre e cresceu 95,1% sobre igual período do ano anterior, a instituição chama a atenção para o volume negociado no Sexto Feirão da Casa Própria, realizado em 13 cidades brasileiras. O evento, que recebeu 576.194 visitantes, movimentou R$ 8,4 bilhões.

Hereda observou que os números confirmaram a expectativa da instituição de superar as edições anteriores, ao apresentar expansão de 70% em relação ao ano passado.

As linhas de crédito habitacional da Caixa destinadas à produção e aquisição de imóveis novos também foram destaque no período. Segundo o banco, para imóvel novo ou na planta, os recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) somaram R$ 11,43 bilhões, o SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) R$ 5,15 bilhões, e os demais R$ 4,2 bilhões.

O montante total é 173,7% superior ao informado no primeiro semestre do ano passado. Em número de unidades foi registrado salto de 300% no mesmo intervalo de comparação, de 74.898 unidades para 301.405 unidades.

Os recursos investidos para financiamento de imóveis usados, por sua vez, cresceram 39% entre janeiro e junho em relação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 9,6 bilhões para R$ 13,3 bilhões.

Hereda revelou que a instituição tem conversado com o Ministério da Fazenda sobre opções possíveis para aumentar os recursos para financiamento habitacional. "A alternativa de buscar recursos fora do País é concreta, mas não acredito que seja no curto prazo".




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