A secretária de Educação de Santo André, Cleide Bochixio, prometeu, ontem, que a entrega dos cerca de 33 mil kits de uniformes escolares para os alunos da rede municipal será feita na primeira quinzena de abril. A ação está atrasada, tendo em vista que a administração havia informado à equipe do Diário que os kits estariam disponíveis no início do ano letivo, na primeira reunião de pais, programada para o início do mês.

Cleide esteve ontem na Câmara para explicar aos parlamentares os motivos do atraso. Segundo ela, o problema é consequência de demora em processo licitatório realizado em 2009. Com isso, o município passou a ter de adquirir os kits com verba do orçamento do mesmo ano em que alunos receberão o material. "Não posso sobrecarregar o orçamento de um ano efetuando duas compras do mesmo produto para antecipar a entrega", explica a secretária.

A licitação para compra dos uniformes foi iniciada em janeiro, após abertura do orçamento de 2012, e na segunda-feira foi feita homologação. O vencedor do processo foi o consórcio formado pelas empresas Douat Têxtil e G8.

Foram adquiridos cerca de 33 mil kits, no valor de R$ 165,60 cada - R$ 19 a menos do que previa a licitação -, compostos por uma calça, duas bermudas, uma camiseta regata, duas camisetas polo, um blusão de inverno, dois pares de meia e um par de tênis.

Apesar disso, cerca de 2.500 crianças continuarão a ter de usar roupa comum para ir à escola. Trata-se dos novos alunos de 51 escolas municipais e 31 creches, que não contam com uniformes dos anos anteriores.

Neste ano, 6.972 uniformes que estavam em estoque foram distribuídos para estudantes que ainda não tinha uniforme, segundo a secretária. "Conforme as escolas nos pediam a gente ia mandando", revela.

Repetição

A demora para beneficiar os estudantes com os uniformes também ocorreu em 2011. Apenas em abril o governo municipal começou a distribuição de pares de tênis e, na sequência, das roupas.

Livro didático

Outro tema questionado ontem foi os livros didáticos com erros apresentados aos alunos. O material continha, além de palavras grafadas incorretamente, como Mogi, referindo-se à cidade de Mogi das Cruzes, e Susano, quando o correto é Suzano, trechos das atividades repetidos e com letras pequenas e de difícil leitura.

De acordo com a secretária, os professores da Fundação Santo André, responsável pela elaboração do material, estão realizando a errata dos materiais. "Já houve falhas em distribuição de materiais pelo MEC", comparou Cleide.

Para ela, Santo André poderá ser a primeira cidade a usar tablet como livro didático. "Estamos fazendo uma formação continuada e planejando o futuro", observa Cleide.