O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), se eximiu e culpou a Câmara por tentar aumentar em 19,61% o seu salário, o do vice-prefeito Frank Aguiar (PRB) e de seus secretários. O petista citou que o reajuste aos integrantes do Executivo é consequência do aumento dado aos servidores públicos, mas frisou que o projeto que prevê o aumento é de autoria da mesa diretora do Legislativo e sugeriu que os vereadores fossem questionados por isso.

“Tem de perguntar para a mesa diretora da Câmara (sobre a aplicação do aumento salarial ao prefeito, vice e secretários). É dela a resolução, não minha. O projeto não é do prefeito, é da mesa, da Comissão de Finanças da Câmara”, discorreu Marinho. Indagado sobre ele ser beneficiário de possível aumento, o petista ironizou: “Os cargos (que deverão receber aumento) são beneficiários. No caso, sou eu. Mas podia ser você.”

Se aprovada a proposta, o salário de Marinho seria elevado dos atuais R$ 25.604,69 para R$ 30.620. A medida começou a ser debatida no fim do mês passado, depois de Marinho fechar acordo com o funcionalismo de conceder reajuste no mesmo percentual aos servidores públicos. O vice-prefeito teria sua remuneração mensal elevada para R$ 15.310 – atualmente é de R$ 12,8 mil. No caso do primeiro escalão, os 32 secretários, que hoje recebem R$ 19.216, teriam o vencimento impulsionado para R$ 22.984.