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Mauá retoma negociações para instalar unidade do Bom Prato

Prefeitura entregará nos próximos dias
ofício ao Estado pedindo nova unidade

Daniel Macário
Do Diário do Grande ABC
19/03/2016 | 07:00
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André Henriques/DGABC:


A Prefeitura de Mauá retomou as negociações com o Estado para a instalação da primeira unidade do Bom Prato no município. O projeto, apresentado há dois anos, estava engavetado desde agosto de 2014 após o governo estadual reprovar as opções de prédios oferecidas pela administração municipal para abrigar o equipamento.

As conversas entre município e Estado foram retomadas pelo secretário de Segurança Alimentar de Mauá, Marcos Filório, na primeira quinzena do mês passado. Na ocasião, o chefe da Pasta participou de reunião com os responsáveis pela rede de restaurantes populares para agilizar ao máximo a instalação da unidade.

A expectativa da administração municipal é que, na próxima semana, Filório compareça à Secretaria de Desenvolvimento Social do Estado para apresentar mais um pedido para a instalação do Bom Prato na cidade. O ofício, inclusive, já foi assinado pelo prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT).

No documento constam seis opções de espaços que podem abrigar o restaurante popular, todos localizados no Jardim Zaíra. A preferência pela região é baseada na quantidade de habitantes na área: são mais de 100 mil pessoas, número equivalente a um quarto da população da cidade.

Na primeira tentativa de instalação da unidade, em 2014, o Estado reprovou os dois imóveis oferecidos pela Prefeitura de Mauá. Na época, a equipe técnica da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Social alegou que os espaços, ambos localizados na Avenida Presidente Castelo Branco, não atenderam às especificações do programa, que tem como objetivo proporcionar à população de baixa renda refeições saudáveis a custo acessível.

A recomendação do Estado é que sejam indicados três possíveis locais – preferencialmente térreos –, com no mínimo 550 m² de área cada e destinados à implantação de restaurante, conforme a Lei de Zoneamento municipal. Na vistoria, são avaliados fatores como fluxo de pessoas, serviços públicos na região e preço da locação para indicar se, tecnicamente, o imóvel poderá servir como restaurante.

Na avaliação do prefeito Donisete Braga, a expectativa é que desta vez o processo seja finalizado. “Nosso maior problema é a questão da regularização das áreas públicas em Mauá. Nesse documento apresentamos seis opções de prédios ao Estado. Nossa expectativa é que eles atendam às especificações do programa. Vale lembrar que ter uma unidade do Bom Prato na cidade é de extrema importância, principalmente se ele for concretizado no Jardim Zaíra”, relata.

Na região, apenas Santo André mantém um equipamento do tipo custeado pelo governo do Estado. Aberto há 13 anos, o espaço serve café da manhã por R$ 0,50 e almoço a R$ 1. Os valores são padrão da rede.

Atualmente, Mauá possui dois Restaurantes Populares do governo federal, um no bairro São João e outro na região central. Nas duas unidades são servidas cerca de 2.000 refeições por dia de segunda a sexta-feira, com aproximadamente 1.000 atendimentos em cada uma. O custo também é de R$ 1.

O espaço da Vila São João, inclusive, conta com uma cozinha experimental para a realização de cursos voltados à geração de renda e à gastronomia saudável. Cerca de 1.000 pessoas participam das aulas todos os anos.

Caso o Estado aceite a proposta de abrir uma unidade do Bom Prato no município, a Prefeitura de Mauá projeta servir no local cerca de 1.000 refeições todos os dias.




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