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Parquímetros da Zona Azul viram alvo de vândalos

Custo para consertar equipamentos danificados chega a R$ 8.000; prática é crime e rende até 6 meses de prisão

Nelson Donato
Especial para o Diário
06/03/2016 | 07:00
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Andréa Iseki/Arquivo DGABC


 Os parquímetros do estacionamento rotativo de Santo André e Mauá têm sido alvo constante de vândalos. As técnicas utilizadas pelos infratores são variadas e inutilizam os equipamentos, cujo conserto pode chegar a R$ 8.000.

Instalados nas vias em que o estacionamento rotativo é vigente, os dispositivos eletrônicos foram a opção para substituir os antigos talões. Porém, os parquímetros sofrem com as constantes depredações.

As principais ações visam impedir a entrada de moedas e, para isso, são usadas cola, massa epoxi e até soda cáustica (substância corrosiva). Com o equipamento sem funcionar, as agentes que autuam possíveis irregularidades no estacionamento se veem impedidas de aplicar as penalidades. Outros tipos de depredação, como golpes com machadinhas e martelos, também são efetuados.

De acordo com a Prefeitura de Santo André, de dez a 12 parquímetros necessitam de manutenção mensalmente e o custo unitário dos reparos varia entre R$ 3.000 e R$ 8.000. Além do prejuízo, o vandalismo causa transtornos para a população. Muitos motoristas são obrigados a percorrer grandes distâncias até achar equipamento que funcione.

Uma funcionária da concessionária responsável pelo serviço no município conta que já presenciou vários ataques aos dispositivos. “Já vi colocarem moedas com cola e foi necessário chamar um técnico especializado para retirá-la. Eu não podia multar ninguém por parar de maneira irregular até que o aparelho estivesse de volta à ativa.”

O comerciante Leandro Mazieri, 30 anos, relata que a situação no Centro andreense é preocupante e que irrita quem trafega por ali. “Os parquímetros estão sempre quebrados. Já é difícil achar uma vaga e ainda temos esse transtorno. Várias pessoas vêm até o meu estabelecimento pedindo para trocar moedas. O pior é que não temos nenhuma garantia de segurança. Mesmo assim, esses atos são errados.”

Em Mauá, os vândalos utilizam até bombas para danificar os equipamentos. O problema também incomoda os munícipes. “Outro dia fui estacionar no Centro e o parquímetro da Praça da Bíblia não estava funcionando. Precisei andar bastante para achar outro. Entendo que algumas pessoas não concordem em pagar, mas estragar as coisas desse jeito não é a solução”, opina a comerciante Francielle Sonvez, 19.

Por agirem de maneira isolada, não há como prever as depredações. O dano ao patrimônio público é crime e a pena para quem for flagrado praticando tais atos pode chegar a até seis meses de prisão.




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