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Elevação do Km 13 volta à pauta
Rodrigo Cipriano
Do Diário do Grande ABC
08/07/2005 | 08:03
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Com o início da construção do piscinão do Taboão, em São Bernardo, o governo do Estado retoma as discussões em torno do alteamento da ponte das pistas centrais do Km 13 da via Anchieta – principal ponto beneficiado pelo novo reservatório. A elevação chegou a ser iniciada no início dos anos 90 quando a rodovia ainda estava sob administração do Estado, mas foi embargada na Justiça pela Prefeitura de São Caetano e por uma indústria vizinha, a IAM (Industria Auto Metalúrgica).

No processo, a empresa justificava que o alteamento da ponte transferiria a cheia da Anchieta para seu pátio. Já a Prefeitura de São Caetano afirmava que sem a barreira hoje imposta pela ponte às águas do ribeirão dos Couros, a vazão da enchente seria maior, causando alagamentos na cidade. Na época, a Justiça condicionou a elevação da ponte à execução de um conjunto de outras obras de macrodrenagem no entorno da via Anchieta.

O piscinão do Taboão é o terceiro reservatório desse pacotão, composto ainda pelos piscinões da Paulicéia, também em São Bernardo, e da Guido Aliberti, em São Caetano, que deverá ser inaugurado entre agosto e setembro com mais de um ano de atraso. "Com esse piscinão a gente consegue um acordo judicial para fazer o alteamento da pista antiga da Anchieta, porque a nova não tem problema de alagamento", diz Alckmin.

O projeto inicial, da década de 90, previa a elevação em 2,5 metros da ponte. "Esse projeto precisa ser refeito para se adequar ao sistema de drenagem que possuímos hoje", afirma o secretário de Estado dos Recursos Hídricos, Mauro Arce. Quanto a quem pagará a conta pela obra da ponte, um consenso no governo: a Ecovias. Procurada pelo Diário, a concessionária que administra o sistema Anchieta-Imigrantes esquivou-se.

Por meio da assessoria de imprensa, disse que não poderá discutir o projeto enquanto a obra estiver embargada. Enquanto passa adiante uma conta, o Estado está prestes a assumir outra, a do rateio pela limpeza dos piscinões. Nesta quinta-feira, o governador disse que a questão está sendo estudada pelo secretário Mauro Arce, que apesar de não se comprometer com datas ou percentuais, sinaliza com um acordo favorável aos municípios.

Taboão – Com capacidade para armazenar até 400 mil litros de água, o novo piscinão será o segundo maior do Grande ABC, apenas atrás do piscinão do Capuava, em Mauá. De maneira simbólica, o governador Geraldo Alckmin operou uma das escavadeiras que serão utilizadas durante os trabalhos, que começam com três meses de atraso.

Anunciado em janeiro desse ano após um forte temporal que deixou submerso o quilômetro 13 da via Anchieta, a expectativa era de que o piscinão ficasse pronto em abril. Problemas no processo de licitação gerados por uma empresa que perdeu o prazo de entrega das propostas de construção forçaram o governo a rever o cronograma. Ao custo de R$ 14,4 milhões, a obra será entregue após as chuvas, em setembro de 2006.

Saúde – Durante a cerimônia de início das obras do piscinão Taboão, Alckmin anunciou a liberação de verba de R$ 500 mil para a Prefeitura de São Bernardo. O dinheiro será investido na reforma e ampliação da menor UBS (Unidade Básica de Saúde) da cidade, a Olímpia Gomes de Almeira, na Vila Rosa. Por mês, a UBS concentra cerca de 2 mil consultas nas áreas de pediatria, clínica médica, odontologia e ginecologia. Ainda não há data para o início das obras.




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