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Livro diz que Arafat morreu envenenado, de Aids ou infecção
Da AFP
08/09/2005 | 08:49
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O livro A sétima guerra, de autoria de dois jornalistas israelenses, afirma que o líder da Autoridade Palestina Yasser Arafat morreu envenenado, de Aids ou de uma infecção. Eles citam um boletim médico secreto do hospital francês onde Arafat morreu em 11 de novembro do ano passado.

Os médicos israelenses e estrangeiros não chegaram a uma conclusão clara sobre as causas da morte de Yasser Arafat, segundo trechos do livro reproduzidos nesta quinta-feira pelo jornal israelense Haaretz.

O jornal publica uma cópia de uma das páginas do suposto boletim médico, obtido pelos autores do livro — os jornalistas Amos Harel e Avi Isharoff.

O livro também reproduz um suposto documento secreto que foi entregue à viúva do líder palestino, Suha Arafat, e aos líderes palestinos.

No entanto, a obra não esclarece o mistério sobre a morte de Arafat, que, segundo uma informação que circulou na época do falecimento, teria sido provocada por uma hemorragia cerebral.

Ashraf al-Kurdi, médico pessoal de Arafat, que não participou do tratamento aplicado a seu paciente nas últimas semanas de vida, afirmou que os médicos franceses o informaram que o vírus da Aids foi encontrado no sangue de Arafat.

Segundo o livro, Al-Kurdi se negou a revelar a origem da informação, mas afirmou que o vírus havia sido introduzido no sangue de Arafat para apagar os vestígios de envenenamento, que seria a verdadeira causa da morte.

O gabinete do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, afirmou que as informações de que Israel teria envenenado o líder palestino eram "totalmente absurdas".

O jornal Haaretz destaca que especialistas israelenses que examinaram o boletim francês consideram que o envenenamento durante um jantar em 12 de outubro de 2004 na Muqata, quartel-general de Arafat em Ramallah, era a causa mais provável da morte.

Depois do jantar, o estado de saúde de Arafat se agravou rapidamente. Ele sofreu perdas de memória e bruscas mudanças de ânimo, ao mesmo tempo em que manchas vermelhas apareceram em seu rosto.

O líder da Autoridade Palestina foi internado no dia 29 de outubro do ano passado no hospital militar Percy de Clamart, nas proximidades de Paris, onde faleceu em 11 de novembro.




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