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Famílias se recusam a sair do Pq.S.Bernardo

Executivo oferece auxílio-aluguel e inscrição no Minha Casa, Minha Vida, mas não há prazos

Nelson Donato
especial para o Diário
12/02/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A desocupação total de terreno no Parque São Bernardo que foi palco do conflito entre PM (Polícia Militar), GCM (Guarda Civil Municipal) e moradores, na semana passada, não tem previsão para ser concluída. Isso porque algumas famílias recusaram a proposta da Secretaria de Habitação da cidade, feita durante reunião com os ocupantes no dia 5.

Na ocasião, a Prefeitura disponibilizou auxílio-aluguel de R$ 315 por três meses para as 80 famílias que ocupam a área, além de inscrição no Programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal. A saída dos moradores é necessária para que se inicie o projeto de urbanização do Parque São Bernardo, Alto da Bela Vista e Novo Parque, que beneficiará famílias cadastradas. O principal argumento dos ocupantes que não aceitaram o acordo é a falta de garantia a longo prazo. “O Minha Casa, Minha Vida pode demorar anos e, até lá, onde fico? Estamos unidos e nosso maior objetivo agora é conseguir a posse do terreno”, afirma o morador Eraldo Mendes da Silva, 48 anos.

Na semana passada, o construtor civil Valdir Pereira dos Santos, 49, teve o barraco destruídos pela GCM. Ele recusou a oferta da Secretaria de Habitação. “Quero receber o auxílio até as casas serem construídas. Até agora não obtive nenhuma resposta e, por isso, não vou sair. Derrubaram meu barraco duas vezes e reconstruí. Não tenho problemas em montá-lo várias vezes, pois não tenho para onde ir.”

Apesar de moradores avaliarem de forma negativa a proposta, a Prefeitura informou, em nota, que o acordo só foi firmado após solicitação de negociação feita por representantes da ocupação que não são cadastrados no referido projeto. Portanto, foi um acordo em que ambas as partes concordaram.




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