Setecidades Titulo São Bernardo
Prefeitura é responsável por sinalização de balneabilidade

Prainhas da Represa Billings estão sem bandeirinhas que indicam qualidade das águas

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
29/12/2015 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


A ausência de bandeiras que indicam a qualidade das águas da prainha às margens da Billings, no Riacho Grande, em São Bernardo, é de responsabilidade da Prefeitura, conforme a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Em visita ao local na tarde de ontem, a equipe do Diário constatou novamente que não há sinalização a respeito da balneabilidade, que é inadequada em frente à ETE (Estação de Tratamento de Esgoto), uma das cinco praias da represa, conforme reportagem publicada no domingo.

A bandeira é utilizada pela Cetesb em todas as praias do litoral paulista desde 1994 e, na região, passou a ser colocada em 2014, após convênio entre a Cetesb e a Prefeitura de São Bernardo. Quando verde, sinaliza que o trecho está próprio para banho. Já a bandeira vermelha, que deveria estar instalada na prainha em frente à ETE, indica que os níveis de coliformes fecais estão acima do indicado, o que pode causar doenças como gastroenterites.

Por meio do acordo, a Secretaria de Gestão Ambiental de São Bernardo possui a atribuição de realizar a instalação e manutenção da infraestrutura necessária para sinalização da prainha por meio de bandeira, conforme indicação da Cetesb.

A autarquia recomenda que os banhistas fiquem atentos aos boletins semanais disponibilizados no endereço eletrônico http://sistemasinter.cetesb.sp.gov.br/praias/excel/boletim-represas.pdf. De acordo com a Cetesb, os pontos monitorados em São Bernardo são a prainha em frente à ETE, a prainha do Parque Municipal do Estoril, próximo ao Parque Ecológico do Zoológico e próximo ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Em Ribeirão Pires é monitorada a praia Clube Prainha Tahiti.

Neste ano, em um total de 51 semanas (até o dia 23 deste mês, data do último boletim da Cetesb), somente em 16 a prainha mais popular da Represa Billings foi avaliada como própria para banho. A última vez que isso ocorreu foi em outubro. No entanto, sem a sinalização, banhistas se divertem tranquilamente no local.

A avaliação negativa é decorrente da presença da bactéria Escherichia coli. O critério utilizado é baseado nas normas estabelecidas pela Resolução Conama (Conselho Nacional do Meio Ambiente) 274/00. A água é considerada imprópria quando encontra-se quantidade superior a 800 UFC (Unidades Formadoras de Colônias) para cada 100 ml na maior parte do tempo. Para a classificação, são considerados os resultados obtidos pela análise de cinco amostras consecutivas, colhidas semanalmente no mesmo local.

Procurada, a Prefeitura não retornou até o fechamento desta edição.




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