Política Titulo Convênio médico
Câmara de Mauá segue sem previsão para republicar edital de contratação de convênio médico

Servidores continuam sem atendimento após licitação fracassar

Por Caio dos Reis
Especial para o Diário
22/07/2015 | 07:10
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André Henriques/DGABC


Sem convênio médico desde 15 de junho, os servidores públicos da Câmara de Mauá ainda não sabem quando terão a situação normalizada. A direção do Legislativo evita estipular prazo para publicação de novo edital para contratação de empresa que prestará serviços aos 580 servidores ativos e inativos e seus dependentes. A primeira licitação fracassou por não haver interessados.

“Estamos redesenhando e revisando os critérios do edital. Temos um problema relacionado aos pensionistas, que costumam ter um idade mais elevada, então estamos consultando as empresas e os preços. Por enquanto, não é possível cravar uma data, mas ele (edital) está praticamente pronto para ser republicado”, disse o diretor geral da Câmara, o advogado Matheus Martins Sant’Anna. Ele confirmou que, neste período, não haverá contratação emergencial de assistência médica, decisão essa tomada em conjunto. “Chegamos a esse entendimento.”

A Casa estima gastar teto de R$ 1,085 milhão para prestação do serviço à cartela de atendidos pelo Legislativo. Companhias questionaram os valores praticados pela Câmara, alegando falta de vantagem financeira caso peguem o contrato.

O presidente da Câmara, Marcelo Oliveira (PT), disse estar de “mãos atadas” e descartou o plano emergencial para evitar punição por parte do TCE (Tribunal de Contas do Estado), com possibilidade de deixá-lo inelegível no futuro. O parlamentar ainda alegou que a renovação de contrato do convênio médico sempre foi um problema e tomou tempo na Casa.

Após nova publicação do edital, o processo deve levar mais de um mês, já que, além da abertura dos envelopes, ainda há outras etapas da concorrência pública, como prazo de recurso, contrarrecurso e período de homologação.

O convênio que se encerrou no dia 15 de junho era com a Santa Casa Misericórdia de Mauá e o valor era de R$ 832,8 mil anualmente – sendo R$ 323 o custo unitário. Ou seja, a quantia despendida pela Câmara já será 30% maior levando em conta o valor da próxima licitação.

O episódio tem causado clima de apreensão entre os funcionários. Alguns já cotam valores de planos particulares e outros, com exames marcados na rede privada, estão tendo de recorrer ao setor público.

HISTÓRICO
Em 2010, situação semelhante foi vivida pelos servidores. A Câmara teve de fazer três licitações para encontrar interessada no contrato – foi quando a Santa Casa de Mauá foi declarada vencedora. O problema era o mesmo: alto número de pensionistas atendidos.




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