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Faltam doadores de sangue

Doações nos quatro hemonúcleos na região tiveram redução de 15% a 20% devido as férias e o inverno

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
18/07/2015 | 07:00
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Claudinei Plaza


Enquanto milhares de pessoas estão aproveitando um momento de tranquilidade com as férias de julho, tantas outras estão em situação de desespero, lutando pela vida. Muitas vezes, essa luta depende de transfusões de sangue, porém, neste período, os hemocentros travam uma batalha para conseguir número expressivo de doadores.

No Grande ABC, mensalmente são registradas, em média, 4.500 doações, mas até quarta-feira, os quatro hemonúcleos da região receberam apenas 2.200, o que equivale à redução de 10% a 20% do total esperado.

“Creio haver dois fatores principais para a diminuição no número de doadores: um deles é o período de férias, quando as pessoas viajam e têm a atenção voltada para o lazer. O outro é o inverno, estação do ano em que a maioria tende a se deslocar menos”, fala o gerente médico da Colsan (Associação Beneficente de Coleta de Sangue) do Grande ABC, Toebaldo Antônio de Carvalho. “Mas ninguém escolhe época para adoecer e pode ser um parente próximo que está precisando”, completa.

Essa situação foi vivenciada pela dona de casa Sueli Barduzzi Tavares, 58 anos, moradora de Mauá. No mês passado, ela e os familiares se mobilizaram para captar doadores que pudessem ajudar o sobrinho Everton Luiz Viola, 29. Ele precisou de sangue após sofrer um grave acidente de moto.

“De início, para uma cirurgia na cabeça, foram necessárias duas bolsas”, conta ela. O rapaz continua internado, mas não corre mais risco de morte. “Quando a gente simplesmente ouve as pessoas falarem em doar sangue ou daquelas que precisam, não temos noção da importância. Agora, quando vemos alguém de nossa família correndo risco, é possível dizer o quanto é difícil passar por isso”, fala Sueli. “Poder salvar uma vida doando sangue é, além de muito gratificante, uma atitude abençoada por Deus”, acrescenta.

Cada doação pode ajudar até três pessoas. O material coletado é fracionado em hemácias (que podem ser armazenadas por 35 dias), plaquetas (muito requisitadas para pacientes com câncer, que podem ser conservadas por apenas cinco dias) e plasma, que pode ficar armazenado por até um ano.

Para ser doador é preciso ter entre 16 e 69 anos, sendo que a primeira doação deve ter sido feita até os 60 anos. É necessário pesar acima de 50 quilos, estar em boas condições de saúde e alimentado antes do procedimento, porém, tendo evitado refeições gordurosas, além de apresentar um documento oficial de identificação com foto.

Na região, os bancos de sangue estão localizados em São Bernardo (Hemocentro Regional); em Santo André (Hospital Estadual Mário Covas e Centro Hospitalar Municipal) e em São Caetano (Núcleo Regional de Hemoterapia).
 




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