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Ex-técnicos apostam em fortalecer clubes de olho na Seleção

Conselho se reuniu pela primeira vez na sede da CBF para discutir ideias e tentar resgatar o futebol brasileiro, cujo cerne são as equipes

Felipe Simões
Do Diário do Grande ABC
07/07/2015 | 07:00
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Rafael Ribeiro/CBF


Voltar às raízes e fortalecer clubes. Essa são as diretrizes discutidas ontem, na sede da CBF, no Rio de Janeiro, no primeiro encontro do Conselho de Desenvolvimento Estratégico do Futebol Brasileiro, promovido pela entidade para resgatar o futebol do País. Em primeiro momento, somente ex-treinadores da Seleção Brasileira foram chamados para a discussão, mas há a intenção de ouvir também dirigentes, técnicos das equipes da Série A do Campeonato Brasileiro e jornalistas.

Estiveram presentes, além do atual treinador Dunga, os ex-comandantes Carlos Alberto Parreira, Zagallo, Paulo Roberto Falcão, Carlos Alberto Silva, Sebastião Lazaroni, Candinho e Ernesto Paulo. Já Mano Menezes, Felipão, Luxemburgo, Leão e Edu Coimbra foram chamados, mas não apareceram.

“Nós colocamos as prioridades numa pirâmide que ficou fácil para todo mundo visualizar. Na base, os clubes e a infraestrutura. Em seguida, a formação e a qualificação dos treinadores. No terceiro bloco, o calendário. No quarto, a gestão, que não pode mais ser pragmática e amadora, tem de ser profissional. E no ápice da pirâmide a Seleção Brasileira. Nós vamos consertar a Seleção melhorando toda essa estrutura, começando na base, no clube, que sempre foi a coisa mais importante do futebol”, destacou Parreira.

Em todos as Copas conquistadas pelo Brasil, sempre houve titulares que atuavam por clubes nacionais. Nas três primeiras, em 1958, 1962 e 1970, Pelé jogava no Santos, enquanto outros craques também estavam no País: Zagallo, do Flamengo, Garrincha, do Botafogo, e Rivellino, do Corinthians.

Nas mais recentes, em 1994 e 2002, alguns titulares eram de clubes daqui: Branco, do Fluminense, Mazinho e Zinho, do Palmeiras, assim como Marcos. Gilberto Silva era do Atlético-MG, enquanto Kléberson atuava pelo Atlético-PR em 2002.

No entanto, Parreira não crê que as mudanças sejam rápidas. “É claro que vão demorar. Quebrar paradigmas não é fácil. Temos uma cultura enraizada de coisas que vêm sendo feitas há muitos anos. O importante é que todos colaboraram e apresentaram ideias”, afirmou o técnico campeão em 1994.




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