O segundo dia da 21ªedição da São Paulo Fashion Week que termina terça-feira, teve de tudo um pouco, desde tom de despedida até morenaças quase nuas com perucas de pluma branca em desfile masculino, passando por uma viagem de sonho num cruzeiro. E o curto se confirma a cada apresentação feminina para a próxima estação, assim como a inspiração navy.

Uma das imagens marcantes foi a exibição de mulatas com corpos esculturais da casa de show A Morena do Brasil, de São Paulo, no desfile masculino de Fause Haten. Elas rodavam em volta de um dos três bateristas que tocaram com base em melodias de Mozart selecionadas por Igor Cavalera, responsável pela trilha sonora. O filme Cremaster, do artista plástico e cineasta norte-americano Matthew Barney foi inspiração para o estilista, que brincou com o conforto das roupas largas dos 80.

O garoto-prodígio Pedro Lourenço, 16 anos, filho de Reinaldo Lourenço e Glória Coelho, pára de mostrar suas coleções por um período ainda não determinado para dar prosseguimento aos estudos. Sua coleção de adeus foi exemplar. O menino trouxe corseletes estilo Maria Antonieta e fez de suas mulheres, entre elas Michelle Bittar. Saias com tiras formando cascatas de tecidos e silhueta anos 50/60.

A Cori, que tem como diretor de estilo Alexandre Herchcovitch, modernizou a silhueta anos 20 com lindos vestidos de cintura baixa, curtos, ora com pregas ora com plissados que ofereciam delicado movimento às peças. A Iódice levou suas mulheres para um cruzeiro no Mediterrâneo, com roupas leves e fluidas.

A Triton, de Tufi Duek, apostou em cores como o rosa e o laranja, estampas de oncinhas e listras de marinheiro. O momento praia do dia foi o concorrido desfile da Cia Marítima, fabricada em Mauá, última a se apresentar quinta-feira.

Mudança – Duas das apresentações externas devem mudar de local e acontecer nas dependências da Bienal. A alteração já foi confirmada para Reinaldo Lourenço (sexta-feira) e de Glória Coelho (domingo).