Prefeito de Diadema solicita mais uma semana ao Sindema para formalizar proposta à categoria
O governo do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), pediu mais uma semana de prazo para formalizar proposta ao Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema). No mês passado, a administração do PV informou ao sindicato que não iria reajustar os salários por conta do aperto financeiro da Prefeitura.
Ontem, representantes do Sindema e integrantes da equipe de Finanças do Paço se reuniram para buscar acordo. Funcionários não esconderam irritação ao receberem proposta de reajuste zero por parte do município – havia esperança de que a inflação do período fosse colocada à mesa, mas o governo sequer cogitou essa possibilidade. Em anos anteriores, índice inflacionário foi concedido.
O Sindema pede, entre outros itens da pauta de reivindicações, reajuste salarial de 11%. São 7,9% referentes à inflação entre março do ano passado e fevereiro deste ano, além de 3,1% de ganho real.
O próximo encontro entre as partes deve acontecer antes do dia 9, para quando está convocada assembleia geral de servidores. A intenção da direção do Sindema é levar a proposta à apreciação da categoria neste dia. Há chance de ser convocada greve.
Nesta semana, houve protestos localizados contra a intenção do governo de não majorar os vencimentos. As manifestações aconteceram em repartições públicas, como UBSs (Unidades Básicas de Saúde), por horário determinado e com panfletagem à população com a pauta de reivindicações.
“Estamos com pé no chão. Sabemos que o quadro econômico não é dos melhores. Mas não podemos abrir mão da inflação”, declarou o presidente do Sindema, José Aparecido da Silva, o Neno.
O dirigente afirmou que pode haver flexibilidade na negociação salarial principal – como a redução do ganho real, por exemplo – se houver compensações nos demais itens da pauta. Entre eles estão reajuste do vale-alimentação de R$ 245,48 para R$ 400, acréscimo no vale-refeição para R$ 31 por dia e implantação de programa de habitação para servidores de baixa renda.
O grande entrave da majoração salarial é a folha de pagamento. A LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) determina que prefeituras empenhem até 54% da receita corrente líquida para pagamento de funcionários. Diadema, em 2014, destinou 52,04% de sua verba para quitação de pendências patronais – ultrapassando o limite prudencial da LRF, de 51,3% da receita. No começo do ano, a proporção alcançou os 54%, fato que, segundo a administração Lauro, inviabiliza qualquer concessão de benefício à categoria.
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