Esportes Titulo São Silvestre
Marílson é esperança de Brasil igualar Quênia
Por da Redação
31/12/2011 | 07:30
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Divulgação


A mais tradicional prova do atletismo brasileiro não é mais a mesma. A São Silvestre fecha o calendário esportivo nacional hoje, partir das 17h10 (horário da largada feminina, os homens partem 20 minutos depois), cheia de mudanças. O percurso de 15 quilômetros foi reformulado - a chegada agora é no Obelisco do Ibirapuera -, o número de participantes é recorde (25 mil), mas o que permanece inalterado é o duelo entre brasileiros e quenianos.

Na prova masculina, os africanos venceram 12 vezes desde que a corrida passou a ser internacional, em 1945. O Brasil tem 11 títulos e confia no tricampeão (2003, 2005 e 2010) Marílson Gomes dos Santos, da equipe BM&F/São Caetano, para empatar o marcador.

"O Quênia tem corredores de ponta e são favoritos em todas as corridas pelo mundo. Dessa vez não será diferente. Chegar próximo deles e até vencer é um motivo de orgulho para os brasileiros, que sempre rivalizam de igual para igual com os africanos", explicou Marílson.

O brasileiro terá como principais riviais os quenianos Martin Lel (tricampeão da Maratona de Londres), Duncan Kibet, Mathew Kisorio, Barnabas Kiplagat Kosgei, Mark Korir, além do etíope Tariku Bekele.

O novo trajeto também representa um adversário de peso para o brasileiro. "Tínhamos o domínio do percurso antigo, sabendo onde atacar, como vencer. Vamos ter de aprender de novo com o novo traçado. A prova pode ficar mais veloz, com o trecho em descida, antes da chegada no Ibirapuera, da Brigadeiro Luiz Antônio. Mas agora tudo é teoria e fatores como umidade e calor continuarão influindo", afirmou o técnico Adauto Domingues.

Saem de cena a Rua da Consolação e o Elevado Costa e Silva. Aparecem na paisagem o Estádio do Pacaembu e o Viaduto do Chá.

 

MULHERES - A meta das brasileiras é acabar com a hegemonia das estrangeiras. A última vitória verde-amarela foi em 2006, com Lucélia Peres. A campeã da maratona nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, Adriana Aparecida da Silva, está confiante. "Esta é a prova que fecha este ano dourado. Sei que as atenções aumentaram com a conquista no México, mas isso não muda a preparação. Espero ajudar o Brasil a vencer novamente."

Cruz Nonata (BM&FBovespa/São Caetano) também tem chances. Ela corre a São Silvestre pela sexta vez e em 2010 ficou na quarta colocação. Na elite feminina estão 53 atletas de dez países. A marroquina Samira Raif e as quenianas Eunice Kirwa, Prisca Jeptoo e Nancy Kiprop são as favoritas neste ano.

 

 

Amadores precisam ter cuidados especiais

O charme da São Silvestre não está no pelotão de elite, mas sim nos milhares de atletas amadores. Mas para enfrentar bem os 15 quilômetros da prova é necessário ter uma série de cuidados.

Para correr bem é preciso manter os horários habituais das refeições, porém no almoço é importante ingerir pouca gordura e proteína, como carnes e ovos, além de aumentar a quantidade de carboidrato (arroz, batata, macarrão e feijão). "É muito comum as pessoas cometerem excessos na alimentação. Por acharem que como a corrida consome bastante energia e que por isso é preciso comer mais, o que não é verdade. O importante é manter sua rotina usual", explica André Pellegrini. nutricionista do Centro de Bem-Estar Levitas.

Outra dica é chegar ao local da prova uma hora antes do início e beber cerca de um litro de líquidos nas duas horas que antecedem a largada. E ainda dentro deste período ingerir uma barra de cereal, uma banana e uma fatia de pão branco com manteiga.

Também é importante ir ao banheiro. "Assim como o consumo de líquidos é imprescindível, é preciso ter atenção na hora de urinar. As pessoas podem ficar tensas ou acabam não dando atenção às necessidades do corpo, porém é preciso respeitar o funcionamento do organismo para garantir melhor desempenho, além de não prejudicar a saúde", destaca o nutricionista.




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