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Empresa de S.Bernardo mira mercado odontológico
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
20/07/2010 | 07:14
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Com planos de abocanhar 10% do mercado de ligas metálicas para próteses odontológicas, que movimenta no mínimo R$ 25 milhões por ano no País, a são-bernardense Leona Laboratório de Prótese Odontológica recebeu autorização da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para comercializar ligas a base de níquel cromo e cobalto cromo.

A empresa fundada pelo casal Leonaia Maria da Silva e Carlos Eduardo Podestá quer preencher lacuna do setor, que importa os itens usados pelos protéticos brasileiros dos Estados Unidos e da Alemanha. "Seremos os primeiros do mercado nacional a produzir o produto", garante Podestá.

Batizado de High Bond, a marca nasceu na IESBeC (Incubadora de Empresas de São Bernardo) com apoio da Fapesp ( Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo) e do Ipen ( Instituto de Pesquisas Nucleares). As ligas têm certificados autenticados pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) e Instituo Adolfo Lutz. É justamente este material que dá resistência à cerâmica ou platina que reveste o dente a ser implantado.

Podestá, que é engenheiro metalurgista, conta que tudo surgiu na época em que pediu a advogada Leonaia em casamento. "Fui conhecer o laboratório de próteses dentárias do meu cunhado. Ele deu ideia para desenvolver ligas odontológicas, porque todas usadas no mercado são importadas", lembra.

Foi então que o empresário apresentou o projeto a seu professor no Centro Universitário da FEI, que o auxiliou na pesquisa e desenvolvimento do material. "Com o registro dos produtos na Anvisa estamos prontos para ganhar mercado. A previsão é entregar os primeiros pedidos em três meses."

Potencial - Na avaliação do engenheiro, o País tem demanda para consumo de três a quatro milhões de toneladas de ligas metálicas de níquel e cobalto por mês. Já o retorno do investimento realizado até o momento, de R$ 400 mil, deverá acontecer em três anos.

As importadoras vendem esses produtos a preço médio de R$ 700 o quilo. Segundo Podestá, algumas empresas chegam a cobrar R$ 2.000 pelo quilo da liga de cobalto no País. Ele ressalta que a intenção é oferecer produto competitivo, barateando o preço das próteses para a população.

Outro plano futuro do casal é produzir ligas de titânio para implantes ósseos. O material é mais compatível com o corpo humano, com taxa de rejeição pequena.




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