O pastor Jaime Wright, da Igreja Presbiteriana Unida, morreu neste sábado de manha, de ataque fulminante, em sua residência, em Vitória. Natural de Curitiba, onde nasceu no dia 12 de julho de 1927, o pastor foi um dos mais combativos defensores dos direitos humanos, durante a ditadura militar. Pai de cinco filhos e avô de oito netos, ele exerceu o ministério religioso até cinco anos atrás. Nos últimos meses, estava ajudando duas estudantes universitárias de Sao Paulo a escrever a biografia do cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, seu amigo pessoal.

'O reverendo James Wright foi muito generoso. Para defender seu irmao, o deputado Paulo Wright, perseguido pelo regime militar, veio atender os presos políticos comigo, no projeto da arquidiocese de Sao Paulo que se chamou Brasil: Nunca Mais, durante dez anos (1979-1989), com todo o apoio da Igreja Presbiteriana Unida. Perdi um amigo, irmao, companheiro, verdadeiro 'bispo auxiliar` para a defesa dos direitos humanos durante a ditadura militar', declarou Dom Paulo Evaristo, atualmente arcebispo emérito (aposentado) de Sao Paulo.

O corpo de James Wright foi velado no cemitério Jardim da Paz, no bairro de Laranjeiras, em Vitória, onde foi sepultado.