O programa São Bernardo Moderna, que previa a execução de 25 intervenções viárias no município, tem somente cinco obras entregues. Criado em 2002, o programa teve início de fato em 2007, quando o então prefeito William Dib (hoje no PSDB) assinou financiamento com o BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). A expectativa da atual gestão é de que apenas mais quatro inaugurações sejam feitas. Ou seja, um total de nove intervenções.

Para o secretário municipal de Transportes, Oscar Silveira Campos, o principal motivo da redução do programa é a cotação do dólar. Quando o empréstimo de US$ 250 milhões foi aprovado, em 2007, cada dólar valia cerca de R$ 2,10. Atualmente, está cotado em R$ 1,66.

"Com a desvalorização do real, caiu o valor que tínhamos para as obras. Então, começamos a traçar prioridades", avalia o secretário.

Até o momento, foram entregues as obras de conexão da Avenida Lucas Nogueira Garcez com o Km 18 da Via Anchieta, duplicação da Rua Tiradentes, canalização do córrego da Avenida Juscelino Kubitschek, duplicação da Avenida Pery Ronchetti e a construção de uma ponte sobre a Avenida Lauro Gomes.

A Prefeitura pretende entregar ainda o rebaixamento da Avenida Lions, a conexão da Lauro Gomes com a Dr. Rudge Ramos, além das avenidas marginais no Ribeirão dos Couros e no córrego da Linha Camargo 

RESPOSTA
O ex-chefe de Gabinete de Dib, Osmar Mendonça, descarta que o culpado pelo atraso seja o dólar. "No final da nossa gestão o dólar já vinha caindo. Isso não é de agora", aponta. Ele diz que a atual administração deveria ter readequado o valor do empréstimo junto ao banco internacional.

Ele critica o descarte de parte do programa. "Quando montamos o plano, todas as obras estavam integradas. Agora, só com uma parte, o projeto ficará capenga."