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Donisete rebate Diniz e sugere a pré-candidatos saírem do ringue

Prefeito de Mauá afirma que vê o rival, que já ocupou a Prefeitura, como cidadão comum

Por Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
28/02/2014 | 06:49
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Andrea Iseki/DGABC


O prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), disse que os pré-candidatos a deputados estaduais que insistirem em levar a pré-campanha com “futricas”, “traquinagens” e “brigas” deveriam fazer disputas em ringues de competições de artes marciais. A declaração foi dada em resposta às avaliações e críticas sobre a atual administração feitas anteontem pelo ex-vereador que se coloca como postulante a Assembleia Legislativa Diniz Lopes (PR) em entrevista ao Diário.

“Quem é candidato deve ser propositivo. Se forem em uma linha de futrica é melhor participar do UFC, MMA (campeonatos de luta). É uma dica, um ensinamento que passo aos pré-candidatos, porque já disputei quatro eleições para deputado estadual. Não perdi nenhuma eleição que disputei. O eleitor não quer saber mais de brigas. Quem não sabe nadar e cai no mar se agarra ao primeiro que vê para tentar levar junto”, afirmou o petista.

Diniz afirmou que Donisete faz uma gestão de retrocesso, alegando que a postura de refazer a licitação do Transporte foi um erro. Disse ainda que a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), chefiada pelo pré-candidato a deputado estadual Atila Jacomussi (PCdoB), está inchada de funcionários “cabos eleitorais” com finalidade eleitoreira com consentimento do Executivo. O republicano também disse que a atuação parlamentar do petista enquanto esteve na Assembleia não registrou nenhuma articulação ou lei de peso.

No conjunto da avaliação, Donisete disse que a crítica do republicano é legitima. “Ele paga impostos, apesar de ter tido um mandato temporão de prefeito, vejo ele como um cidadão normal que tem o direito e deve fazer críticas ao governo.” Sobre a gestão, o petista justificou que optou por lançar nova licitação para renovar de forma generalizada os serviços de transporte. “Há 40 anos temos péssimos serviços na cidade. Se ele defende essa prática, está certo”, ironizou.

Em relação ao uso eleitoreiro da Sama por Atila, Donisete lembrou que Diniz administrou a autarquia de 2011 a 2013 e teve problemas com a contratação da Rochamar. O Diário noticiou com exclusividade que a empresa era de fachada e chegou a apresentar documentos falsos. “Nós, gestores públicos, estamos sujeitos.” O petista, entretanto, disse que se houver alguma irregularidade a Câmara será a primeira apontar e ele abrirá procedimentos para punir o “servidor que cometer delitos”. O chefe do Executivo negou haver desentendimento com o comunista. “Eu fiz uma composição muito bem-sucedida com o Atila e nós cumprimos todas as partes. O governo é um time, não tem essa de pessoa. Esse comentário é mais fofoca”, justificou.

Donisete resgatou lei produzida por ele que alterou o zoneamento da Região Metropolitana e liberou atividades industriais que estavam proibidas desde os anos 1970, sancionada em julho de 2002. “Garantimos a permanência do Polo Petroquímico na região, que representa 80% da arrecadação de Mauá”. O petista também rebateu Diniz dizendo que o debate sobre o combate ao crack foi levantado por ele. “Nós visitamos 154 regiões administrativas do Estado para saber sobre o assunto e conseguimos apoio da União para a iniciativa.”
Atila foi procurado para comentar o caso, porém, optou por não retornar aos contatos.
 




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