A  ficha, aos poucos, está caindo para os jogadores do São Paulo. A classificação à Libertadores, até então algo vivo, está começando a ser encarada como sonho distante, quase inatingível. Segundo alguns matemáticos, o time tem menos de 1% de chances de se classificar. A Copa do Brasil, algo desdenhado por boa parte dos são-paulinos, é o que de mais próximo da realidade existe agora.

Para muitos times, ficar fora da Libertadores não é motivo para preocupação. Mas o São Paulo disputou as sete últimas edições e torcida e jogadores ficaram mal-acostumados. Rogério Ceni, por exemplo, chegou a afirmar que seria mais interessante jogar em Maracaibo, na Venezuela, do que no Macapá, capital do Amapá.

Do elenco, o único que já disputou a Copa do Brasil pelo São Paulo foi o próprio Rogério Ceni. Jean vai debutar na competição - o lateral está no clube desde 2008. "É difícil a situação. Brigar por título e Libertadores dá uma motivação maior, mas nossa realidade é outra", afirmou.

Sem disputar sua competição preferida, o São Paulo vai usar como motivação para o ano que vem um outro ponto de vista da situação. O foco será apostar tudo no título da Copa do Brasil, afinal de contas, esse é o único dos principais torneios que a equipe ainda não conquistou. E o título garantirá vaga no velho sonho, a Libertadores de 2012.

Como a Copa do Brasil distribui bem menos dinheiro do que a Libertadores, o torcedor são-paulino terá de se acostumar com mais uma novidade. A diretoria não deve ir atrás de contratações de peso. A aposta é nas categorias de base e em jogadores sem grande nome. O meia Elias, do Atlético-GO foi oferecido e pode ser contratado. Outro nome é do volante Somália, do Botafogo.

JORGE WAGNER

O meia comemorou ontem 32 anos e levou o tradicional banho de ovos e farinha dos companheiros. Foi o último aniversário do baiano no São Paulo. No fim do ano, ele vai para o Kashiwa Reysol, após quatro anos no Tricolor.