Setecidades Titulo Saúde
Sem embargos, Mauá pode
retomar as obras de UPAs

Projeto de recuperação ambiental prevê plantio de árvores;
suspensão foi determinada pela Cetesb e durou oito meses

Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
13/12/2011 | 07:00
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As obras das Unidades de Pronto Atendimento do Jardim Maringá e da Vila Magini, em Mauá, foram liberadas pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. A informação foi confirmada ontem pelo órgão estadual. O documento oficial será enviado nos próximos dias à Prefeitura.

Em março, a Cetesb vistoriou as unidades e entendeu que havia irregularidades. Segundo o órgão, os prédios estão em Área de Proteção Permanente e impedem a regeneração natural da vegetação. No mês seguinte, veio a advertência e a paralisação.

A unidade do Jardim Maringá está sendo construída ao lado da Praça Alexandre Toshyuki Miney, na beira de córrego. Na Vila Magini, as estruturas começaram a ser erguidas em terreno às margens do Rio Tamanduateí. 
Porém, em nova avaliação da Cetesb, realizada na semana passada, foi constatado que não havia a necessidade de licenciamento estadual para a construção das duas unidades e as autuações foram suspensas. "Isso foi resolvido com a proposta do município de compensação ambiental", disse o vice-prefeito e secretário de Saúde, Paulo Eugenio Pereira. A Cetesb informou que está em estudo a execução de projeto de recuperação ambiental mediante o plantio de árvores nativas na faixa marginal ao curso de água.

De acordo com Paulo Eugenio, as obras no Jardim Maringá serão concluídas por outra empresa. O atraso provocou a desistência da vencedora da licitação. "O secretário de Obras (Hélcio Silva) irá convidar o segundo colocado no processo licitatório para terminar a obra." A expectativa é que seja entregue até o fim do primeiro semestre de 2012. A unidade da Vila Magini está com estrutura pronta e será equipada em breve, assim como a UPA da Vila Assis. Ambas têm inaugurações previstas até março.

A verba para construção das três unidades, além da UPA do Zaíra, entregue domingo, foi garantida a partir de convênio firmado com o governo federal, que investiu R$ 2 milhões em cada. Todas funcionam como mini-hospital e atendem casos de baixa e média complexidades.

Unidades vão aliviar demanda do Nardini

A nova superintendente do Hospital Doutor Radamés Nardini, Rosa Maria Pinto de Aguiar, faz previsões otimistas para o atendimento da unidade, que terá 50% de sua demanda absorvida pelas quatro Unidades de Pronto Atendimento da cidade. Uma delas, a do bairro Zaíra, foi inaugurada no domingo, com presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

Empossada em 7 de novembro, a pediatra Rosa Maria avalia que a maior demanda do hospital vem do bairro Zaíra, mas não soube mensurar quanto. Quando todas as UPAs entrarem em funcionamento, o pronto-socorro do Nardini atenderá apenas casos urgentes, que necessitem de cirurgia. "As áreas de psiquiatria, cirurgia e ortopedia vão continuar a ser atendidas no hospital. Já as demandas clínica e pediátrica irão para as UPAs."
Com a alteração, a população terá de se acostumar com o novo modelo de atendimento criado pela Prefeitura.

Quem está acostumado a ser atendido no PS por qualquer problema de saúde terá de procurar ajuda médica na UPA mais próxima de casa. "Esperamos que a população entenda aos poucos. É o primeiro passo para a reestruturação da rede de urgência do município", finalizou.




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