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Lula celebra tema de biocombustíveis na agenda global
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22/11/2008 | 07:01
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou na sexta-feira, durante encerramento da primeira Conferência Internacional de Biocombustíveis, o fato de o tema da energia limpa ter ocupado um lugar de destaque na agenda global, diferentemente do cenário que encontrou nas reuniões do G-8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia) e da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) realizadas respectivamente no Japão e na Itália.

Lula lembrou que na reunião do G-8 nenhum dos participantes conseguiu explicar as razões pela qual o petróleo havia subido de US$ 30 para US$ 145 por barril, mais cedo neste ano. Segundo ele, naquele momento, foi muito simples culpar o crescimento da China e a expansão dos biocombustíveis no Brasil pela alta do preço dos alimentos quando a crise alimentar estava muito ligada à especulação nos contratos futuros de petróleo e de commodities (matérias-primas) agrícolas. "Na FAO, refutei as teses falaciosas que atribuíam ao biocombustível os problemas ambientais e o aumento dos preços dos alimentos", disse.

Para o presidente, a presença de delegações de 75 países na conferência é um sinal de que a visão sobre biocombustíveis mudou. "Os biocombustíveis estão longe de ser uma panacéia que resolverá todos os problemas do planeta, mas sua produção pressupõe o uso sustentável da terra disponível, respeitando o meio ambiente e o trabalhador", disse em seu discurso de encerramento. Lula disse também que a discussão sobre biocombustíveis não é apenas uma discussão sobre novas fontes de energia mas um debate sobre uma nova economia.

O presidente Lula lembrou que meses atrás o mundo estava voltado para a crise da alta dos preços dos alimentos e que, hoje, a crise financeira tem se mostrado muito mais devastadora. "Trata-se de uma oportunidade para que a comunidade internacional reveja suas prioridades", disse. Segundo ele, a atual conjuntura de crise não pode ocultar a fome, a pobreza e questões sobre meio ambiente e mudanças climáticas.

PRÉ-SAL - O presidente Lula comemorou a descoberta de cerca de dois bilhões de barris de petróleo em reservatórios do pré-sal localizados no litoral do Espírito Santo. "Vai ter mais petróleo para enfrentar essa crise", disse, durante a cerimônia de assinatura do decreto que regulamenta a Lei de Proteção da Mata Atlântica. O decreto foi assinado em conjunto com os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, e da Agricultura, Reinhold Stephanes. Lula elogiou o documento e afirmou que ele contribui para alcançar a meta de "desmatamento ilegal zero".




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