A terceira semana do Desafio de Redação começou ontem em seis escolas de Mauá. Desde o retorno das aulas, em agosto, os quase 3.000 alunos da EE Profª Therezinha Sartori, na Vila Noemia, se preparam para a prova.

O tema Álcool, você não precisa disso para se dar bem foi tratado por professores de todas as disciplinas. "Faz diferença aquele que se esforça e faz melhor. E no meu grupo só fica quem realmente quer trabalhar", disse a diretora Rita de Fátima Sola.

"Os professores sempre incentivam nossa participação e contam as próprias experiências, o que acaba estimulando. Fizemos debates, cada um falou sobre os casos que conhece e deu opinião sobre o assunto", disse Gabriela Delgado, 14 anos, aluna do 9º ano.

Fator extra para a vontade dos estudantes em participar do concurso é o prêmio que a escola ganhou logo na primeira edição do desafio, em 2007. A aluna Ágata Cruz Cardoso, então do 3º ano do Ensino Médio, faturou a bolsa de estudos na USCS (Universidade Municipal de São Caetano) e optou por cursar Farmácia. "Sabemos que é possível ganhar. Somos bastante determinados em qualquer projeto que realizamos. Acredito que estamos bem preparados também", disse Bianca Morbck de Oliveira Lacerda, 14, do 9º ano.

Na EE Profª Marta Teresinha Rosa, no Jardim Itapark, a aluna do 8º ano Clélia Vitória Rodrigues da Silva, 13, que nasceu com baixa visão, entregou a redação em braille, método que aprendeu aos 7 anos. "Participei no ano passado, que falava sobre as profissões do futuro, e achei mais fácil dessa vez. Citei os problemas que a bebida causa e usei uma próxima a mim, que é alcoólatra. como exemplo. Acho que tenho chances."

Além da bolsa de estudos, os autores das melhores redações concorrem a bicicletas, computadores e televisores. O concurso literário é promovido pelo Diário, co-realizado pela USCS, em parceria com governo estadual e apoio da Ecovias. O evento, que já passou por São Bernardo e Diadema, continua hoje em mais nove escolas de Mauá.