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Mauá cede à pressão por bolsas

Após polêmica, instituto estenderá isenções nas mensalidades para outros cursos a alunos carentes de São Caetano, garante líder do governo

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
28/05/2014 | 07:00
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Após parte da Câmara de São Caetano pressionar para que o Instituto Mauá de Tecnologia aumentasse o número de bolsas oferecidas a alunos carentes do município, a entidade teria garantido estender as isenções para os cursos de Administração e de Design. A informação foi dada durante a sessão de ontem pelo líder do governo Paulo Pinheiro (PMDB), Jorge Salgado (Pros). Atualmente, apenas o curso de Engenharia entra no benefício.

Segundo o parlamentar, a universidade se comprometeu a assinar, dentro de 15 dias, termo de cooperação mútua como forma de contrapartida à mudança na lei de zoneamento, que permitirá à instituição construir prédio de até seis andares para abrigar laboratórios. “A Prefeitura nunca deixou de discutir e pleitear o aumento no número de bolsas, e hoje (ontem), em uma reunião no Paço, a Mauá prometeu estender o benefício para mais dois cursos”, anunciou Salgado.

O aumento no número de descontos em mensalidades vinha sendo insistentemente cobrado pelos vereadores Edson Parra (PHS), Pio Mielo (PT), Eder Xavier (PCdoB), Beto Vidoski (PSDB) e Cidão do Sindicato (Solidariedade). Os parlamentares entendiam que a faculdade seria a principal beneficiada com a alteração na lei de zoneamento e que, portanto, deveria alargar o número de bolsas como forma de contrapartida ao município. A Mauá, por sua vez, alegava ser suficiente a quantia oferecida – 2% do total de vagas para a formação de engenheiros – e negava negociar o acréscimo de bolsas apenas pela mudança na lei.

Salgado ressaltou que o número exato de isenções ainda não foi definido, mas que a concessão de bolsas para os dois cursos deve repetir a porcentagem destinada à Engenharia. O acréscimo de bolsas para esse o último curso, no entanto, não foi colocado na mesa. “Nós ainda vamos discutir (os números).”

A parceria será formalizada através de um projeto de lei, a ser enviado ao Legislativo nas próximas semanas. O contrato também garantirá que os universitários possam atuar em setores da Prefeitura. “Alunos de Engenharia, por exemplo, poderão fazer estágios no departamento de Obras”, explicou Salgado.

Segundo a Mauá, a distribuição das bolsas fica a critério do governo municipal. As vagas são reservadas à Prefeitura, que decide como e para quantas pessoas concede as isenções. Os descontos nas mensalidades podem variar, segundo a entidade, entre 25% a 100%, distribuídos entre 300 a 320 alunos de baixa renda. Além disso, o Instituto afirma desembolsar R$ 170 mil por ano com o Proalfa (Projeto de Alfabetização) de jovens e adultos de São Caetano.

“Não é o suficiente (estender as bolsas para outros cursos), mas já é um bom começo”, ressaltou Parra.




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