Política Titulo Justiça Eleitoral
Vereador de Ribeirão terá futuro definido pelo TRE dia 3

Tribunal vai julgar se mantém mandato de Anderson Benevides, que é acusado de infidelidade partidária

Por Júnior Carvalho
Especial para o Diário
28/03/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Orlando Filho/DGABC


O TRE (Tribunal Regional Eleitoral) marcou para o dia 3 julgamento do pedido de cassação de mandato do vereador de Ribeirão Pires Anderson Benevides (PSC), acusado de infidelidade partidária. A Justiça Eleitoral analisará o caso sob parecer favorável da PRE (Procuradoria Regional Eleitoral) à retirada da cadeira do atual social-cristão, que foi eleito pelo PMN.

O processo será julgado pela juíza Clarissa Campos Bernardo. Em 2012, uma decisão da magistrada tirou o então vice-prefeito Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), da corrida pela Prefeitura. Acusado de ter usado o jornal da família para promover sua candidatura a vereador, em 2004, Dedé teve recurso negado pela juíza. A posição de Clarissa foi crucial para a vitória do prefeito Saulo Benevides (PMDB), que enfrentou o principal adversário impugnado nas urnas.

Anderson disse que não está preocupado caso tenha de ceder a cadeira à primeira suplente do PMN, Berê do Posto. “Estou seguro da minha defesa e preparado. Quando deixei o PMN sabia do que poderia acontecer e quis correr esse risco”, afirmou o parlamentar, que alega ter sido perseguido pelos dirigentes da legenda peemenista.

Sobrinho do prefeito Saulo Benevides (PMDB), Anderson trocou o PMN pelo PSC no ano passado a fim de disputar cadeira na Câmara dos Deputados em outubro. O parlamentar nega que a saída do partido teve cunho eleitoral, mas deixa claro que não vai abrir mão de tentar vaga em Brasília mesmo se precisar entregar o mandato à legenda. “Continuar aqui ( no Legislativo municipal) me ajudaria muito (na campanha deste ano), mas eu vi a possibilidade de a cidade ter um representante próprio na Câmara federal”, salientou.

Eleito com 780 votos em 2012, Anderson tem apoio unânime da administração para buscar ascensão na carreira política. Saulo tem amarrado alianças ao projeto do sobrinho e buscado dobradas com mais de um candidato a deputado estadual.

O possível ingresso de Berê ao Legislativo não deve alterar a governabilidade do prefeito na Casa, tendo em vista que o PMN compôs o arco de alianças que engrossou sua candidatura ao Paço. Mas, antes de pedir a cadeira à Justiça Eleitoral, o comando estadual do partido destituiu os dirigentes do PMN municipal. A legenda se ampara na Lei de Fidelidade Partidária, que garante a cadeira à legenda caso o parlamentar não apresente justa causa por ter deixado a sigla.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;