O prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), disse que o projeto da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) para reforma da estação de trem da Linha 10-Turquesa, que liga o Grande ABC à Capital, atrapalha seu projeto de construir uma via paralela à Avenida Goiás.

A constatação do peemedebista se dá por conta da autarquia paulista não levar em conta que o ousado projeto viário do Palácio da Cerâmica seria executado em parte da estação e ao longo do traçado da linha férrea. “Atrapalha, mas atrapalha, entre aspas. Porque o espaço mais importante que a gente quer está ao longo da linha”, externou o prefeito, que já tinha avaliado transformar a estação para concretizar sua ideia.

O projeto básico da reforma das estações da Linha 10 foi apresentado na quinta-feira e prevê investimento na ordem de R$ 40 milhões dos cofres estaduais. Em São Caetano, a intenção da CPTM é modernizar o local, que recebe hoje em torno de 28 mil passageiros, com escadas rolantes, bicicletário e torná-lo 100% acessível. A proposta de Pinheiro fica praticamente enterrada com a postura do Estado.

No dia 26 de março, o chefe do Executivo vistoriou a Estação São Caetano da CPTM para avaliar o trecho em que a nova via passaria. A princípio, o projeto seguiria em trechos da linha de trem, partindo da divisa com Santo André até a Avenida Guido Aliberti. Os trilhos seriam rebaixados e nova avenida passaria por cima. O intuito é facilitar o acesso da região à Capital e desafogar o tráfego de veículos na Avenida Goiás.

O prosseguimento com os estudos de viabilidades da construção, inclusive, emperraram na falta de respostas da CPTM. A companhia ficou de avaliar o pedido de Pinheiro para utilizar sua área, entretanto, não retornou ao Paço. “O projeto continua. Estamos aguardando a CPTM dizer se vamos poder construir na área da linha de trem”, lembrou o prefeito.