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Após críticas de Lauro, Yoshio decide protocolar CPI da Saúde

Governista volta a apresentar pedido para investigar caos no setor em Diadema

Por Raphael Rocha
do Diário do Grande ABC
14/12/2013 | 07:33
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Marina Brandão/DGABC


 Críticas do prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV), fizeram com que o vereador governista Ricardo Yoshio (PRB) protocolasse ontem o pedido de abertura da CPI da Saúde em Diadema. O documento foi apresentado à mesa diretora da Casa no começo da tarde de ontem e inicia processo de investigação de diversas denúncias no setor.

Pela manhã, Lauro questionou duramente a atitude do aliado, dizendo que o republicano foi “deselegante” ao propor a CPI. “A pessoa tem de primeiro conhecer o trabalho que está sendo realizado, ver o que está sendo feito, ir às inaugurações do governo, ver os elogios da população. Se eu estivesse mal (avaliado), a população não vinha tirar foto comigo e me elogiar.”

O republicano convocou para segunda-feira entrevista para explicar os motivos pelos quais decidiu não seguir ordens do prefeito para encerrar a apuração antes mesmo de ela ser efetivada. Anteontem, na sessão, chegou a propor a CPI, mas recuou após pressão do governo.

Na quinta-feira, em discurso na tribuna, garantiu que seu posicionamento não decorre de perseguição ao prefeito, ao secretário de Saúde, José Augusto da Silva Ramos (PSDB), ou à diretora do Hospital Municipal, em Piraporinha, Sylvia Maria Moreira. Em sua fala, o vereador – também médico ginecologista – afirmou ter recebido diversas denúncias de colegas sobre precariedade nos equipamentos públicos, falta de medicamento na rede pública e ressaltou a debandada de médicos da cidade, já que 82 profissionais pediram demissão.

À ocasião, coletou oito assinaturas para abertura da CPI. A dele, do correligionário Pastor João Gomes e dos petistas Josa Queiroz, Orlando Vitoriano, Ronaldo Lacerda, José Antônio da Silva, Lílian Cabrera e Manoel Eduardo Marinho, o Maninho. Quantidade mais do que suficiente para instauração imediata da comissão, pois o regimento interno da Câmara determina a instalação do grupo de investigação caso haja adesão de mais de um terço dos 21 vereadores.

Porém, após pressão do governo Lauro, Yoshio optou por não levar adiante o pedido de CPI, que em Diadema precisa seguir ritos burocráticos para ser efetivado, como análise do corpo jurídico da Casa e prazo regimentar de publicação oficial de seus integrantes.

Ontem, durante atividade oficial, Lauro negou que tenha ordenado Yoshio a enterrar a CPI da Saúde. Mas não escondeu o descontentamento com a postura do vereador da base de governo na Câmara.

Está marcado para segunda-feira um encontro da comissão de Saúde da Câmara, formada por José Antônio, Talabi Fahel (PR) e Albino Cardoso Pereira Neto (PV). Situacionistas entendem que uma CPI não pode preceder o trabalho dessa comissão e defendem que o grupo acompanhe a situação das UBSs (Unidades Básicas de Saúde) e da UPA (Unidade de Pronto Atendimento 24 horas) Paineiras. (Colaborou Cadu Proieti)




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