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Bancários têm proposta, mas devem manter greve
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
05/10/2013 | 07:19
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A greve dos bancários vai continuar na segunda-feira. Ontem, a categoria se reuniu com os patrões, mas ainda não houve consenso. As instituições financeiras elevaram a proposta de reajuste salarial de 6,1% para 7,1%. Os trabalhadores, porém, não pretendem voltar à plena atividade, tendo em vista que pedem 11,93%.

Segundo o presidente do Sindicato dos Bancários do Grande ABC, Eric Nilson, ontem, a região tinha 220 agências de portas fechadas, ou seja, 48% das 450 unidades. A entidade garantiu também que 2.610 trabalhadores estavam de braços cruzados.

As negociações do acordo coletivo para todo o País são de responsabilidade da Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro – Central Única dos Trabalhadores) com a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).

Ontem, em encontro após 16 dias de greve, a entidade representante das instituições financeiras ofereceu reajuste salarial de 7,1% para os trabalhadores. Mas, segundo Nilson, que estava presente na reunião, será colocada em votação, nos sindicatos espalhados pelo País na segunda, a rejeição do percentual. A categoria pede correção total de 11,93%.

Além do índice, a Fenaban propôs elevar os pisos da convenção coletiva em 7,5%. Também ofereceu a manutenção da fórmula da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), com correção dos valores fixos e tetos de 10%. A federação estimou que, dependendo do lucro da instituição financeira, o benefício de um trabalhador que ocupa o posto de caixa chegará a até três salários e meio.

Os bancários, entretanto, desejam que a PLR passe para três salários mais R$ 5.553,15. A assembleia, na sede do sindicato, em Santo André, está marcada para segunda-feira, às 17h.

DEPÓSITOS - Nilson explicou que os bancos são responsáveis pelos serviços disponibilizados nos halls de atendimento das agências. Portanto, os depósitos em cheque e dinheiro serão creditados.

Conforme a equipe do Diário constatou, ontem, os consumidores que buscaram as casas lotéricas para liquidar as suas contas e dívidas de consumo encontraram filas. Isso porque, além dos débitos – e da proximidade do dia 5, os clientes também estavam dispostos a apostar na Mega-Sena, que está acumulada em R$ 17 milhões.




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