Não é de hoje que os Jogos Abertos do Interior são invadidos por estrangeiros. Em Praia Grande, a situação não é diferente e o intercâmbio com atletas de outras nacionalidades tem deixado o clima ainda mais competitivo. A damista Viktoriya Motichko, de apenas 18 anos, deixou a gelada Ucrânia para trás e pisou em solo brasileiro pela primeira vez, na última quarta-feira.

Rapidamente, a garota, atual campeã mundial, se adaptou ao clima brasileiro. Viktoriya representa São Caetano na competição por equipes. Apesar de não ter idéia de onde fica a cidade do Grande ABC, a damista garantiu que o Brasil já faz parte de suas paixões. “Estou gostando muito daqui. É muito quente e as pessoas são muito atenciosas”, afirmou a ucraniana, que fala o inglês com dificuldade.

O também damista José Nunes entrou em cena para ajudar na comunicação com a atleta estrangeira. “A Viktoriya se adaptou rápido. Foram apenas dois dias, mas já está totalmente integrada à equipe de São Caetano”, complementou.

Viktoriya não conhece outros damistas brasileiros, mas crê que será uma experiência bem diferente jogar em um país completamente diferente. “Vão ser interessante os duelos com os atletas daqui”, complementou.

Além de fazer novos amigos, a ucraniana deixou de lado o gelado outono de seu país. “Saí de lá e estava cinco graus negativos”, disse a damista. No inverno, a temperatura na Ucrânia chega até a 50 graus negativos.

O presidente da Federação Paulista de Damas, Lélio Sarcedo, afirmou que a vinda da ucraniana vai ajudar a modalidade feminina a se desenvolver. “A Viktoriya tem mostrado aqui nos Abertos para as demais brasileiras que uma mulher pode dominar um tabuleiro”, disse o dirigente, que também é coordenador do Núcleo de Damas de São Caetano.

Além de Viktoriya, outra damista estrangeira foi trazida para os Abertos, mas por São Bernardo, a atleta Elena Miscov, da Moldávia.