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Empresas projetam elevar salários em 6% em 2005
10/12/2004 | 00:06
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Neste ano, o reajuste salarial promovido pela maioria das empresas refletiu maior ganho real para o funcionário do que em 2003. O porcentual de aumento salarial concedido em 2004 por 55 grandes empresas brasileiras foi de 5,8% a 12%, o que, de maneira geral, conseguiu repor a inflação, segundo a consultora Patrícia Hanai, da Hewitt Associates.

"No ano passado, por maiores que fossem os reajustes obtidos em acordos coletivos, alguns de até 17%, o resultado foi uma redução real do poder de compra. Já neste a reposição salarial gerou ganhos por produtividade, com base numa inflação reduzida. E as empresas prevêem para 2005 a manutenção da estabilidade, o que deve gerar ainda maior ganho real para os trabalhadores", explica.

A previsão é de elevar, no ano que vem, os salários em 5,7% a 6%, conforme a pesquisa Práticas e Tendências em Administração Salarial, concluída em novembro. O levantamento foi realizado com empresas cujo faturamento gira em torno de US$ 101 milhões a US$ 500 milhões, a maioria na área de manufatura (49 delas), seguida por serviços (12). Grande parte delas é de origem norte-americana (88%) e tem mais de 3 mil empregados (38%). Quase 90% dessas companhias estão localizadas em São Paulo.

Na camada executiva, os profissionais de alto desempenho costumam ser agraciados com aumentos salariais por mérito, embora essa prática esteja em queda. A pesquisa mostra que neste ano 33,4% dos funcionários tiveram aumento nos ganhos por mérito, volume inferior a 2003, que era de 52,2%. "A verba das empresas para os aumentos por mérito está congelada há três anos", diz Patrícia, acrescentando que a média de gastos para esse benefício é de 3,5% da folha.

Para 2005, 33% das empresas admitem rever a concessão de aumentos por mérito. A decisão mais provável será estender o intervalo de tempo entre os aumentos (tática que será adotada por 36% das entrevistadas) ou incluir os funcionários em programas de remuneração variável.

A adoção de PLR (participação nos lucros e resultados) tem crescido ano a ano. A média de gasto com os programas de remuneração variável deve aumentar em 2005, dos atuais 17,4% sobre o total da folha de pagamentos para 18,3%. "PLR é uma tendência, principalmente porque não implica encargos para as empresas, ao contrário dos aumentos por mérito, por exemplo, que oneram a folha de pagamento", compara Patricia.




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