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Agência do Grande ABC avança no apoio à região
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
25/12/2007 | 07:37
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Modelo para a criação de outras entidades regionais no País, a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, resultado da parceria entre prefeituras da região e entidades como as associações comerciais, Ciesps (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e sindicatos empresariais e de trabalhadores, vai completar em 2008 dez anos de existência.

Chegará com equilíbrio financeiro e avanços em diversas frentes, entre as quais o projeto de APL (Arranjo Produtivo Local) dos setores plástico e metal-mecânico. O secretário-executivo da Agência, Fausto Cestari, que é empresário e já foi vice-presidente do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) adianta que para o ano que vem devem ainda sair do forno dois novos projetos, que devem ajudar a acelerar a economia da região: o lançamento de um catálogo com 30 mil empresas e a 1ª Feira Regional, que se destina a expor produtos e serviços dos empresários dos sete municípios, facilitando a integração entre estes.

DIÁRIO – Qual o balanço que o sr. faz da atuação da Agência de Desenvolvimento Econômico em 2007?
FAUSTO CESTARI FILHO – Tivemos alguns avanços relevantes, em que pese trabalharmos com projetos que não são de curto prazo. Tivemos, por exemplo, a instalação bem sucedida do APL (Arranjo Produtivo Local) do Plástico e do setor metal-mecânico e os grupos estão bastante definidos e comprometidos com o projeto. Nossa expectativa com o APL para 2008 é que tenhamos a melhoria das ações individuais de cada empresa, pelos diagnósticos das necessidades das indústrias e pela integração entre os empresários.

DIÁRIO – Qual a importância do projeto do APL para a economia da região?
CESTARI FILHO – Estamos tratando com as duas principais vocações da região, as cadeias do plástico e metal-mecânica, integrando-as e oferecendo soluções para que surjam ganhos de competitividade nesses segmentos. O Grande ABC tem a força nesses setores, o que refletiu no crescimento do PIB da região, que superou o ritmo do Estado e do Brasil. A obrigação é adensar essas vocações e outras que surjam.

DIÁRIO – Que outros avanços ocorreram?
CESTARI FILHO – Outra conquista é o convênio para o projeto Meccano (de apoio tecnológico ao setor metal-mecânico, que conta com parceria do BID, Instituto Meccano, da Itália, Sebrae Nacional e de São Paulo e da Agência de Desenvolvimento e orçamento de US$ 1,8 milhão), que terá a primeira parcela liberada em janeiro de 2008 e como primeira medida fará o levantamento do perfil do segmento. Houve ainda um avanço na nossa ação de fomento ao comércio exterior, com o estreitamento de relações com o governo do Estado e a Facesp. Também estreitamos o relacionamento com as Secretarias de Desenvolvimento das sete cidades, que já existia, mas havia poucos projetos em conjunto. Além disso, conseguimos, apesar do orçamento pequeno (R$ 500 mil ao ano), renovar os equipamentos de informática da Agência e manter a entidade superavitária.

DIÁRIO – Qual foi o superávit?
CESTARI FILHO – De R$ 500 mil de orçamento, conseguimos manter em caixa 20%. Isso é importante porque é uma necessidade cada vez maior não depender apenas de recursos de terceiros (as entidades associadas). Para gerar os melhores resultados no desenvolvimento dos projetos, nosso órgão precisa de investimentos e de pessoal competente.

DIÁRIO – Como estão as perspectivas para 2008?
CESTARI FILHO – A Agência faz dez anos de vida no ano que vem. Essa é uma iniciativa regional bem sucedida e que é reconhecida como ferramenta inovadora. Uma prova disso é que tem ajudado o desenvolvimento de agências regionais em outros Estados. Vamos criar no ano que vem um conjunto de eventos para marcar a data e vamos lançar um catálogo regional das indústrias e a 1ª Feira Empresarial do Grande ABC.

DIÁRIO – Como são esses projetos?
CESTARI FILHO – Fizemos parceria com a Epil, que produz o anuário da indústria do Estado de São Paulo e vamos produzir o catálogo de negócios do Grande ABC, com telefones de 30 mil empresas e destinado a consulta de empresários da região, no formato impresso e digital. Outra coisa para 2008 é a 1ª Feira Regional. Deveremos realizá-la no segundo semestre. Será pautada na subcontratação, compra e venda, dando ênfase às principais cadeias produtivas, e o slogan será o Grande ABC tem tudo que o você precisa.

DIÁRIO – E como são as expectativa em relação à economia para o ano que vem?
CESTARI FILHO – Deveremos ter crescimento do Grande ABC como um todo. Talvez haja dificuldades de infra-estrutura e em dispor de mão-de-obra qualificada. Há uma escassez nessa área.

DIÁRIO – Como a Agência pode ajudar a amenizar o problema da mão-de-obra?
CESTARI FILHO – A Agência ainda não está preparada para tratar de forma mais direta esse problema. Esse é um espaço de trabalho que pode ser solicitado. Mas é preciso de investimentos para que isso ocorra.



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